quarta-feira, 8 de junho de 2016

Clarice Falcão


Clarice Franco de Abreu Falcão (Recife, 23 de outubro de 1989) atriz, cantora, compositora, roteirista e humorista brasileira. Indicada ao Grammy Latino na categoria Artista Revelação, em 2013 Clarice começou a carreira como atriz atuando em curtas-metragens lançados em 2006, O Segundo Minuto e Dois Menos Dois.


Em 2007, estrelou com Célio Porto Laços, seu curta de maior destaque. Com roteiro de Adriana Falcão, foi o filme mais visto na internet e ganhou o primeiro lugar no concurso mundial de curta-metragens realizado pelo Google, denominado Project Direct, promovido pelo YouTube.


Na ocasião, venceu vários filmes estrangeiros e foi exibido no Festival Sundance de Cinema, o que lhe rendeu diversas matérias em revistas e jornais do país.


Em 2010, estrelou no curta The Phone Next Door - Chamada em Espera. A história de uma garota que resolve entrar na casa de seu vizinho e atender seus telefonemas, também conta com Clarice na equipe de roteiristas, além de Tatiana Maciel e Dennis Neto.

No cinema, fez uma participação no filme Fica Comigo Esta Noite, de 2006. Com roteiro de seus pais e Tatiana Maciel, interpretou a personagem Mariana quando jovem que depois foi feita por Laura Cardoso.

Em 2012, protagonizou o filme Eu Não Faço a Menor Ideia do Que Eu Tô Fazendo Com a Minha Vida, de Matheus Souza. O filme conta a história de Clara que aceita cursar medicina por pressão familiar. Sem vocação, ela começa a faltar as aulas e dedica as manhãs para descobrir o que realmente quer da vida. O filme, que abriu o Festival de Cinema de Gramado, despertou o interesse de Fernando Meirelles e agradou ao público no Palácio dos Festivais. Ganhou também o prêmio do júri popular no Festival do Rio e na Mostra de Cinema de São Paulo.

Em 2008, na novela A Favorita, viveu sua primeira personagem em uma novela. Estreou no horário nobre como Mariana, a filha complicada de Catarina (Lília Cabral) e Leonardo (Jackson Antunes).

Em 2012, Clarice também começou a trabalhar como roteirista no seriado Louco Por Elas, da Rede Globo. A série foi criada por ela, pela mãe Adriana Falcão, o então namorado Gregório Duvivier, além de Jô Abdu com quem já havia trabalhado em Laços. Também em 2012, estreou como parte do elenco do programa Elmiro Miranda Show, exibido pelo canal TBS.

Além do trabalho de roteirista nas séries As Cariocas e As Brasileiras, nessa última fez uma participação como atriz no episódio "A Vidente de Diamantina" que contava com Bruna Linzmeyer como protagonista. Mais recentemente, Clarice foi responsável pela música no filme Apenas o Fim, readaptou, junto com Matheus Souza, a peça Confissões de Adolescente para uma nova montagem que também contou com ela no elenco. Também fez parte do elenco de Vendemos Cadeiras, programa humorístico do Multishow.

Na mesma emissora, representou a si mesma na série humorística O Fantástico Mundo de Gregório, na qual a estrela principal foi o seu ex-namorado, Gregório Duvivier.

Em 2012 inicia o canal no Youtube Porta dos Fundos junto com Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Letícia Lima, Júlia Rabello, Rafael Infante, Marcos Veras e outros atores, se tornando o canal de maior visualização do Brasil em menos de um ano.


Sua carreira musical ganhou notoriedade a partir dos vídeos de suas músicas colocados no YouTube. Com mais de 10 milhões de acessos, os vídeos são em maior parte de suas músicas como "A Gente Voltou", "Macaé" e "Qualquer Negócio".


Em maio de 2013, Clarice lançou seu primeiro álbum musical, Monomania que conta com as músicas que estavam no YouTube e no seu EP, lançado no ano anterior, além de outras. Apenas com composições autorais, o álbum foi lançado apenas na internet, disponível para compra no iTunes.


Em sua estreia ficou uma semana como o mais vendido do site, como disse a produtora do disco Olivia Byington durante a entrevista de Clarice no Programa do Jô.

Após a entrevista o álbum voltou ao topo, e hoje se encontra entre os dez mais vendidos. Uma versão física do CD é vendida nos shows da cantora e chegou nas Lojas no final de 2013.



Em 2013 entra em turnê do seu primeiro disco, nesse ano atuou em três comerciais do Grupo Pão de Açúcar.


Em 13 de novembro de 2015, a cantora lançou uma regravação de Survivor, do grupo Destiny's Child, Junto com a faixa, foi lançada seu Clipe, que apresenta uma temática feminista.

Em 19 de fevereiro de 2016, Clarice lança seu segundo álbum musical, Problema Meu.


Clarice é filha do cineasta João Falcão e da roteirista e escritora Adriana Falcão. Tem duas irmãs, sendo elas Tatiana (fruto do primeiro casamento de sua mãe) e Isabel, sua irmã mais nova fruto da união dos seus pais. Nasceu em Recife, onde morou até seus 4 anos até se mudar para São Paulo. Aos 6 anos, Clarice enfim mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive até os dias atuais. Clarice morou junto com o seu namorado, o também ator e comediante Gregório Duvivier. O casal estava junto desde 2009, onde os dois ficaram pela primeira vez nos bastidores da peça Confissões de Adolescente. Em 26 de novembro de 2014, o casal anunciou a separação.


Aos 26 anos, Clarice Falcão é a verdadeira representante da geração Y. A artista é ansiosa pelo novo, atuante nas redes sociais, feminista declarada e não hesita em se posicionar. No início de 2016 lançou seu segundo disco, "Problema Meu". A novidade chegou logo após a sua despedida do humorístico “Porta dos Fundos”, onde atuou pelos últimos três anos. Sentiu falta de novidade.


Se antes, ela era reconhecida como a cantora do violão de três acordes e de letras melancólicas, o que ela reconhece na faixa autocrítica "Clarice"; agora, chama a atenção ao transitar por vários estilos musicais – brega, rock, folk, bossa nova – e pelas mensagens de superação, vingança e empoderamento feminino. Há quem ouça em seu novo trabalho indiretas ao ex-marido Gregorio Duvivier, com quem viveu um relacionamento de cinco anos. Ela nega e garante que o fim do casamento, de tão amigável, não rendeu um bom material.


Clarice não se permite entediar. Por isso, reveza com frequência entre as carreiras de atriz e cantora. “Adoro fazer muitas coisas, mas acho que existe um perigo nisso, que é a superficialidade”, disse. Depois de três anos de dedicação plena à atuação, decidiu que havia chegado a hora de lançar um novo disco e voltar a fazer show. “Tenho tentado fazer uma coisa de cada vez, para conseguir me aprofundar. Foi tristíssimo me despedir do ‘Porta dos Fundos’, por conta dos amigos que fiz lá, mas que ninguém vai separar. Por outro lado, sentia falta de novidade, de um frescor”, comentou em entrevista à Marie Claire.

“Adoro fazer muitas coisas, mas acho que existe um perigo nisso,
que é a superficialidade” (Foto: Divulgação)


VIRADA DE JOGO
O lançamento de seu novo trabalho aconteceu no último dia 19, quando a versão digital de "Problema Meu" foi disponibilizada no serviço de streaming Spotify. Ele chega como uma espécie de resposta ao primeiro álbum, “Monomania” (2013).


"O anterior era bem específico, com músicas parecidas, o mesmo personagem e tema – decepção amorosa. Esse de agora é intencionalmente o oposto, com música de gêneros diferentes e várias pessoas falando de assuntos distintos, inclusive de uma outra perspectiva do amor", contou.

Em poucos dias, ela se surpreendeu com a repercussão. "Estava feliz com o resultado, mas morrendo de medo de colocar no mundo. No fim, as repostas e críticas têm sido muito boas."


Apesar de compor a maioria das músicas, ela garante que há mais de sua linguagem do que de histórias propriamente ditas. "O outro era um disco muito sofrido por amor, enquanto isso, eu estava em um relacionamento estável, com muita paz de espírito, casada. Não é tanto uma questão de autobiografia, mas a minha análise sobre as coisas. É mais uma questão de contar histórias do meu ponto de vista."


ESCORPIANA VINGATIVA
"Queria te dizer que esse amor todo por você, ele é irônico, é só irônico. Em cada ‘eu te amo’ que eu te mando, eu to pensando ‘isso é irônico’. E é irônico." É com essa estrofe que ela abre o novo trabalho, descrito pela crítica como "uma espécie de vingança a que todos temos direito". E é aí que ela deixa um pouquinho de si vir à tona.


"Sou muito vingativa. Inclusive dizem que é porque sou escorpiana", disse rindo da referência astrológica. E acrescentou com muito bom humor: "Mas eu gostaria muito de não ser, porque como diria meu ídolo [Seu Madruga, personagem do programa “Chaves”]: ‘A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena’."

Apesar de admitir ser uma pessoa "um pouco rancorosa", Clarice nega estar mandando recados. "É doido porque, na internet, tudo vira material para indireta. Acho maneiro, fazia isso. No status do MSN, usava frases de música para dizer o que estava sentindo e dar indireta para muita gente", relembra. "Mas agora não. Teve gente escrevendo que na música ‘Irônico’, eu estava obviamente falando do Gregorio. Só que a fiz quando ainda estávamos juntos."

O relacionamento terminou no fim de 2014. "Nosso término não daria uma música boa, porque foi muito amigável. Seria bem sem graça inclusive. Horrível, porque foi uma separação que nem deu material, tive que inventar tudo da minha cabeça mesmo [para escrever as canções recém-lançadas]. Não teve polêmica. Terminamos e ainda ficamos trabalhando juntos durante um ano. A gente saiu junto, ficamos amigos. Por isso, a associação não me incomoda, mas também não procede."


FEMINISTA, SIM!
Nas faixas "Vagabunda" e "Eu Sou Problema Meu", Clarice transmite mensagens claramente feministas. A primeira foi inspirada no caso real de uma mulher que convida a amante do marido para um chope. Já a segunda exalta a independência feminina. "Sou muito feminista! E acho que de certa forma elas falam de coisas que me incomodam, como o fato de a sociedade apontar o dedo para a amante e nunca para o cara que traiu. E quando é a mulher quem trai, é ela que sai de culpada novamente", diz.

"Mais do que isso, ‘Vagabunda’ tem a ver também com essa história das inimigas alimentada pela cultura pop. Senti vontade de mostrar o outro lado, que tratasse da sororidade [união entre as mulheres]."

Apesar das mensagens, ela prefere evitar o rótulo de manifesto para o CD. "Tem muita gente falando disso de maneira aprofundada, pessoas que estudaram muito. Faço isso de maneira mais lúdica. Digo isso inclusive porque, em alguns momentos, ainda mostro certa fraqueza. Em ‘Deve ter sido eu’, canto: ‘Eu já não amo mais você, mas ainda odeio essa menina’. Coitada, ela não tem culpa de nada. Acho perfeitamente normal esse sentimento de raiva. Por outro lado, também acho importante esclarecer o lado da sororidade."

Nas redes sociais, Clarice costuma participar de grupos que discutem assuntos relacionados ao empoderamento feminino. Porém, prefere mais ouvir do que opinar. "Sou mera espectadora. Falo muito pouco, prefiro ouvir quem entende mais", revela. "Tenho achado lindo de ver esse momento em que as mulheres estão superando a ideia da competição e o estereótipo de que são todas competitivas."

"Sou muito feminista", diz Clarice Falcão (Foto: Divulgação)


POLÊMICAS
Mesmo que prefira adotar uma postura mais calada, não se sente intimidada a compartilhar sua opinião quando acha viável. "Tento falar o que penso e, quando recebo críticas construtivas, como foi o caso da Fernanda Torres [a atriz gerou polêmica ao publicar um texto julgado como machista e racista], acho que teria a mesma humildade de reconhecer o erro. Eu, por exemplo, discordo da opinião dela. Mas ela deixou o ego de lado, leu as críticas e escreveu a ‘mea culpa’. Achei muito generoso. Admitir o próprio erro é bem difícil."

A liberdade de expressão, segundo ela, é uma das grandes virtudes das discussões nas redes hoje em dia. E ao contrário de alguns críticos, ela não enxerga nenhum tipo de patrulha. "A Fernanda Torres disse o que queria e as pessoas disseram o que achavam. Nada foi tirado do ar. Foi um debate extremamente saudável. Patrulha pra mim é censurar a opinião das pessoas. O que se viu foi um exercício livre de discussão entre pessoas abertas. Achei as críticas muito inteligentes e respeitosas."

Depois de se tornar uma pessoa pública, ela admite ter entendido melhor a máxima de que é impossível agradar a todos. "No começo, cada vez que alguém fala mal de você, rola uma crise e você só consegue pensar em como fazer aquela pessoa voltar a te amar. Mas, com o tempo, aprendi que não teria como agradar a todo mundo, tanto pessoalmente, quanto profissionalmente. Uma vez, alguém publicou uma foto minha me elogiando e comentaram: ‘não gosto dela como pessoa’. Achei normal."



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