segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Linda Batista


Florinda Grandino de Oliveira (São Paulo, 14 de junho de 1919 — 17 de abril de 1988), mais conhecida como Linda Batista, foi uma cantora e compositora brasileira. Era filha de Batista Júnior e irmã de Dircinha Batista.

Começou sua carreira acompanhando sua irmã mais nova ao violão durante suas apresentações. Em 1936, teve que substituir a irmã no programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, obtendo boa aceitação do público. Também naquele ano, participou, ao lado de Dircinha, do filme Alô, Alô, Carnaval.

Linda precisou de apenas um ano para se consagrar como cantora. Em 1937, foi a primeira cantora a ser eleita Rainha do Rádio, título que manteve por onze anos consecutivos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Pouco depois, como contratada da então nova Rádio Nacional, fez uma excursão de grande sucesso no Norte e Nordeste que durou seis meses, começando por Recife/PE. Ali, apresentou-se no Teatro Santa Isabel, cantando músicas de Capiba acompanhada da Jazz-Band Acadêmica.


Sucessos
  • A pátria está te chamando, Grande Otelo (1943)
  • Amor passageiro, Jorge Abdalla e Zé Kéti (1952)
  • Bis, maestro, bis!, Cristóvão de Alencar e J. Maia (1940)
  • Bambu, Fernando Lobo e Manezinho Araújo (1951)
  • Batuque no morro, Russo do Pandeiro e Sá Róris (1941)
  • Bom dia, Aldo Cabral e Herivelto Martins - c/as Três Marias (1942)
  • Calúnia, Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos (1958)
  • Chico Viola, Nássara e Wilson Batista - c/Trio Madrigal (1953)
  • Coitado do Edgar, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1945)
  • Criado com vó, Marambá (1946)
  • Da Central a Belém, Chiquinho Sales (1943)
  • Dona Divergência, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1951)
  • Enlouqueci, João Sales, Luiz Soberano e Valdomiro Pereira (1948)
  • Eu fui à Europa, Chiquinho Sales (1941)
  • Foi assim, Lupicínio Rodrigues (1952)
  • Levou fermento, Monsueto (1956)
  • Madalena, Ary Macedo e Ayrton Amorim (1951)
  • Marcha do paredão, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1961)
  • Me deixa em paz, Ayrton Amorim e Monsueto (1952)
  • Meu pecado, não, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1953)
  • Migalhas, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1950)
  • Nega maluca, Ewaldo Ruy e Fernando Lobo (1950)
  • No boteco do José, Augusto Garcez e Wilson Batista (1945)
  • O maior samba do mundo, David Nasser e Herivelto Martins - c/Nelson Gonçalves (1958)
  • Ó abre alas!, Chiquinha Gonzaga - c/Dircinha Batista (1971)
  • Palavra de honra, Armando Fernandes e Carolina Cardoso de Menezes (1955)
  • Prece de um sambista, Billy Blanco (1952)
  • Quem gosta de passado é museu, de sua autoria e Jorge de Castro (1964)
  • Quero morrer no carnaval, Luiz Antônio e Eurico Campos (1961)
  • Risque, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
  • Stanislau Ponte Preta, Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo (1959)
  • Trapo de gente, Ary Barroso - c/Trio Surdina (1953)
  • Tudo é Brasil, Sá Róris e Vicente Paiva (1941)
  • Valsinha do Turi-turé, Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy (1945)
  • Vingança, Lupicínio Rodrigues (1951)
  • Volta, Lupicínio Rodrigues (1957)
Filmografia
  • Alô, Alô, Carnaval (1936)
  • Maridinho de Luxo (1938)
  • Banana da Terra (1939)
  • Céu Azul (1940)
  • Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)
  • Samba em Berlim (1943)
  • Abacaxi Azul (1944)
  • Berlim na Batucada (1944)
  • Não Adianta Chorar (1945)
  • Caídos do Céu (1946)
  • Não Me Digas Adeus (1947)
  • Folias Cariocas (1948)
  • Esta É Fina (1948)
  • Fogo na Canjica (1948)
  • Pra Lá de Boa (1949)
  • Eu Quero É Movimento (1949)
  • Um Beijo Roubado (1950)
  • Agüenta Firme, Isidoro (1951)
  • Tudo Azul (1952)
  • Está com Tudo (1952)
  • É Fogo na Roupa (1952)
  • Carnaval em Caxias (1954)
  • O Petróleo É Nosso (1954)
  • Carnaval em Marte (1955)
  • Tira a Mão Daí (1956)
  • Depois Eu Conto (1956)
  • Metido a Bacana (1957)
  • É de Chuá (1958)
  • Mulheres à Vista (1959)
  • Virou Bagunça (1960)



Cantora. Compositora.

Filha do humorista e ventríloquo João Baptista Júnior e de Emília Grandino de Oliveira, de tradicional família paulista. Nasceu no bairro paulistano de Higienópolis. Na verdade, seus pais já moravam no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas a avó materna, Dona Florinda fazia questão que todos os seus netos nascessem em sua casa. Foi lá que nasceram Odete (sua irmã mais velha), ela (que recebeu o nome da avó) e Dircinha (a caçula).

O pai, que era capaz de imitar 22 vozes sem abrir os lábios, resolveu ir para o Rio de Janeiro, já que na capital federal encontraria mais perspectivas de trabalho. Tratou de educar as filhas nos melhores colégios. A pequena Florinda fez seu curso primário no tradicional Colégio Sion.

Aos 10 anos, já estudava violão com Patrício Teixeira e, nessa época, compôs sua primeira música intitulada "Tão sozinha". Ainda menina, costumava ser levada pela empregada da família à gafieira "Corbeille de Flores", que ficava perto de sua casa. Concluiu o ginásio no Colégio São Marcelo e, em seguida, iniciou cursos de contabilidade e de corte e costura.

Em 1937, casou-se com Paulo Bandeira, mas separou-se poucos meses depois. Tinha uma personalidade carismática, temperamental e excêntrica. Seu pai faleceu em 1943, o que provocou um pequeno interrompimento em sua carreira.

Em 1959, recebeu da UBC e da Sbacem o troféu Noel Rosa. Na década de 1960, começou a afastar-se embora muito sutilmente da vida artística. Nos anos 1980, parou de trabalhar, recolhendo-se à companhia das irmãs, em seu apartamento no bairro carioca de Copacabana, o último bem imóvel que lhes restou. No fim da vida, passaram por dificuldades financeiras, tendo sido auxiliadas pelo cantor e fã José Ricardo.


Foi, depois de Carmen Miranda, uma das primeiras estrelas de grande popularidade em todo o Brasil. Ao fim da chamada Época de Ouro era difícil encontrar quem não ouvisse seus programas de rádio. Recebeu inúmeros títulos com Rainha do Rádio, Estrela do Brasil, Nosso Patrimônio Nacional, Sambista nº 1 da Belacap, entre outros. Foi amiga dos Presidentes Vargas, Juscelino e Jango e, admirada por personalidades internacionais como Sablon, Orson Welles, a estilista Schiaparelli, entre outros.

Começou sua carreira artística muito cedo, assim como a irmã, Dircinha Batista, três anos mais nova que ela. Aos 13 anos já acompanhava ao violão a irmã Dircinha em apresentações na Rádio Cajuti. Já eram conhecidas como as Irmãs Batista, pois resolveram adotar o sobrenome do pai.


Em 1936, por causa de um atraso da irmã, teve que substituí-la cantando no programa de Francisco Alves, na Rádio Cajuti. Na ocasião interpretou "Malandro", de Claudionor Cruz, iniciando uma carreira de muito sucesso. Soube depois que o "atraso" havia sido combinado entre seu pai e Francisco Alves, pois este a queria cantando em seu programa e ela era muito tímida para cantar. Logo depois, foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Na mesma época, fez uma excursão de grande repercussão ao Nordeste.

Em 1937, foi eleita a primeira Rainha do Rádio, título que manteve por 11 anos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, um barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Logo depois, viajou pelo Norte e Nordeste do país, numa excursão de 6 meses, que começou no Recife, no Teatro Santa Izabel, onde interpretou músicas do pernambucano Capiba com a companhamento da Jazz-Band Acadêmica. No mesmo ano, atuou no filme "Maridinho de luxo", de Luís de Barros, na Cinédia e foi contratada pela Odeon.


Em 1938, transformou-se na principal "crooner" da Orquestra de Kolman, no Cassino da Urca. Ainda em 1938, inaugurou o Cassino da Ilha Porchat, em São Vicente, no litoral de São Paulo, com o maior salário pago até então a uma cantora brasileira. Quando retornou ao Rio, recebeu o slogan de "A Maioral do Samba". Seu estilo de estrela, provocava cenas antológicas. Costumava chegar na Rádio Nacional em um sofisticado carro importado, vestida com casacos de pele e ostentando jóias caras, o que causava grande repercussão na imprensa.

No mesmo ano, atuou no filme "Banana da terra", escrito por João de Barro com produção de Wallace Downey, ao lado de Carmen Miranda, Almirante, Dircinha Batista e outros astros. Gravou, pela Odeon o primeiro disco em dupla com Fernando Alvarez interpretando duas rumbas: "Churrasco" e "Chimarrão", a primeira de Djalma Esteves e Augusto Garcez e a segunda de Djalma Esteves. Seu nome, no entanto, não consta no selo do disco e nem na discografia em 78 rpm.

Em 1939, voltou a atuar no Cassino da Urca como atração principal, lançando músicas compostas exclusivamente para ela por Chiquinho Sales, como "A vida é isso"; "Eu fui à Europa" e "Eu quero é gaita", permanecendo como artista daquela casa até 1946, quando o cassino fechou. Também em 1939, lançou pela Odeon, cantando em dueto com Fernando Alvarez a marcha "Oitava maravilha", de sua autoria.


Em 1940, gravou na Odeon seu primeiro disco solo, cantando a marcha "Macaco quer banana", de J. Piedade e Sá Róris e o samba "Abre a porta", de Raul Marques e César Brasil. No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos o samba "Bis maestro, bis", de Cristóvão de Alencar e J. Maia. Ainda no mesmo ano, foi contratada pela Victor gravadora onde permaneceu por 20 anos e na qual estreou com a marcha conga "Passei na ponte", de Ary Barroso e o samba "Renda nova", de Juraci Araújo e Gomes Filho, com acompanhamento de Louis Cole e Sua Orquestra do Cassino Atlântico.


Em 1941, gravou a marcha "História de Adão e Eva", de Nelson Teixeira e Antônio Barreto e o samba "Dança mas não encosta", de Raul Marques e Roberto Roberti. No mesmo ano, fez grande sucesso com a valsa "Tudo é Brasil", de Vicente Paiva e Sá Róris e "Batuque no morro", de Russo do Pandeiro e Sá Róris. Excursionou ainda a Buenos Aires na Argentina. Também no mesmo ano, gravou os sambas-choro "Eu fui à Europa", de Chiquinho Sales e sucesso no Cassino da Urca e "Meu bamba", de Chiquinho Sales e Luiz Peixoto, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu dirigido pelo maestro Pixinguinha.

Em 1942, gravou com acompanhamento de Luiz Americano e seu regional os sambas "Quarta-feira, 17", de Russo do Pandeiro e Ari K. Silva e "De sol a sol", de Alvaiade e Ari Monteiro; a batucada "Olha a onda", de Ubirajara Nesdan e Artur Vargas, e a "Marchinha do pintor", de Nássara e Roberto Martins.


Nesse mesmo ano, fez nova excursão à Buenos Aires. Também no mesmo ano, gravou os sambas "Folga nego" e "O índio, o sarará e o português", de Vicente Paiva e Luiz Peixoto com acompanhamento de Vicente Paiva e Sua Orquestra do Cassino da Urca e "Desperta Brasil", de Grande Otelo e "Vitória amarga", de Popeye do Pandeiro e Grande Otelo com Luiz Americano e seu regional nos acompanhamentos.

Gravou ainda com As Três Marias os sambas "Bom dia", de Herivelto Martins e Aldo Cabral e "Aula de música", de Haroldo Barbosa e Herivelto Martins. Seu sucesso no rádio e no disco, acabou por levá-la à presença do Presidente Vargas nos anos 1940. A partir de então, iniciou-se uma admiração mútua entre os dois, sempre citada com orgulho pela cantora.


Em 1943, deixou a Rádio Nacional e foi para a Rádio Tupi recebendo 10 contos por mês, um salário altíssimo para a época. No mesmo ano, gravou os sambas "Para de gritar", de Herivelto Martins e "Grande prêmio", de Marília e Henrique Batista com acompanhamento dos Diabos do Céu. Por essa época, com grande prestígio popular emprestou sua imagem à mobilização patriótica naqueles tempos de guerra cantando músicas como o samba "A pátria está te chamando", de Grande Otelo com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu regional. Apresentou-se na época, no Norte e Nordeste do país para tropas brasileiras e americanas lá aquarteladas no "Show da vitória", com orientação de Ary Barroso e direção de Teófilo de Barros com elenco que contava, entre outros, com Dorival Caymmi e o Trio de Ouro.


Em 1944, para o carnaval lançou a marcha "Clube dos barrigudos", de Cristóvão de Alencar e Haroldo Lobo, gravada em dezembro do ano anterior. Também em 1944, gravou o samba "Os direitos são iguais" e a marcha "São João do Barro Preto", de Grande Otelo e o samba "Terra de Ioiô", de Russo do Pandeiro e Ari Monteiro. No mesmo ano, gravou os sambas "Mulata brasileira", de Custódio Mesquita e Joracy Camargo e "Donde é que você é?", de Ari Monteiro e Arnô Canegal.


Em 1945, lançou o samba "Coitado do Edgar", que foi um dos sucessos do ano e a marcha "A cobra está fumando", uma homenagem à FEB, Força Expedicionária Brasileira, ambas da dupla Benedito Lacerda e Haroldo Lobo. No mesmo ano, fez sucesso no carnaval com a marcha "No boteco do José", de Wilson Batista e Augusto Garcez e excursionou com sucesso pelo Brasil apresentando-se em diversas capitais.

Em 1946, participou do filme "Caídos do céu", de Luís de Barros na Cinédia. No mesmo ano, gravou os sambas "Assobia um samba", de Ary Barroso; "Você sempre me dizia", de sua autoria e "Ranchinho abandonado", de Norberto Martins e Pacheco Silva, entre outras composições.

Em 1947, gravou a batucada "Pobre vive de teimoso", de Ciro de Sousa e Jorge de Castro; o choro "Mulato doce", de Jaime Silva e José Luiz e o samba "Língua não tem osso", de César Brasil e Haroldo Torres, entre outras. No mesmo ano, assinou contrato com a boate Vogue onde permaneceu por cinco anos. Ainda no mesmo ano, viajou com a irmã Dircinha ao Ceará para a inauguração da Ceará Rádio Clube, fazendo apresentações no Teatro José de Alencar.

Atuou também no Teatro Santa Izabel e na Rádio Clube de Pernambuco. No ano seguinte, gravou da dupla Haroldo Lobo e David Nasser a marcha "Por trás" e o samba "Entregue o apito ao Vavá". Participou ainda do filme "Esta é fina", juntamente com Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves e outros.

Em 1950, gravou com sucesso o samba "Nega maluca", de Fernando Lobo e Evaldo Rui. Gravou também a marcha "A mão de pixe", de Donga e J. Piedade e fez seu primeiro registro de uma composição de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Migalhas", parceria com Felisberto Martins. Ainda no mesmo ano, gravou o samba "O Brasil há de ganhar", de Ary Barroso alusivo à Copa do Mundo realizada naquele ano no Brasil.


Em 1951, gravou o coco "Bambu", de Manezinho Araújo e Fernando Lobo e o samba "Ó de penacho", de Manezinho Araújo e Armando Cavancânti. No mesmo ano, retornou para a Rádio Nacional onde apresentou seu próprio programa intitulado "Coisinha Linda". Também no mesmo ano, viajou para uma temporada de 4 dias em Portugal que se transformou em temporada de 20 dias devido ao sucesso alcançado. Foi convidada pelo gerente da boate Vogue de Paris para cinco apresentações. Apresentou-se ainda no Carrol's e no programa Henri Salvador na TV francesa. Seu sucesso foi tamanho que foi convidada para se apresentar no Open Gate, de Roma, capital italiana, onde ficou por um mês e meio. Retornou ainda à Paris onde apresentou-se em mais dois programas de TV antes de retornar ao Brasil. Ainda no mesmo ano, atuou no filme "Agüenta firme, Isidoro", da Cinédia. Também em 1951, conheceu um de seus maiores sucessos com o samba-canção "Vingança", de Lupicínio Rodrigues.

Em 1952, gravou com Trio Madrigal o samba "Chico Viola", de Nássara e Wilson Batista, homenagem ao cantor Francisco Alves, falecido em acidente automobilístico naquele ano. Ainda no mesmo ano, atuou nos filmes "Tudo azul", de Moacir Fenelon; "Está com tudo", de Luís de Barros e "É fogo na roupa", de Watson Macedo.

Em 1953, gravou os sambas "Trapo de gente" e "Risque", de Ary Barroso. Gravou também com Ataulfo Alves, o samba "Balança, mas não cai", de Ataulfo Alves. No mesmo ano, gravou com a irmã Dircinha os sambas "Carro de boi", de Capiba e "Nossa homenagem", de sua autoria e Henrique Beltrão. Do compositor pernambucano Capiba, gravou ainda no mesmo ano o samba canção "Última carta" e o samba-choro "Subúrbio triste".

Em 1954 gravou a "Marcha da penicilina" e o samba "Graças a Deus", da dupla Klécius Caldas e Armando Cavalcânti. No mesmo ano, participou dos filmes "Carnaval em Caxias", de Paulo Wanderley, da Fama-Atlântida e "O petróleo é nosso", de Watson Macedo. Ainda no mesmo ano, gravou com Nelson Gonçalves os sambas " Fume um cigarro", de David Raw e Victor Simon e "Fumei", de sua autoria.


Em 1955, saiu da Rádio Nacional e ingressou na Rádio Mayrink Veiga. No mesmo ano, gravou os sambas "Palavra de honra", de Carolina Cardoso de Menezes e Armando Fernandes e "Prefiro ele", de René Bittencourt. Também no mesmo ano, participou do filme "Carnaval em Marte", de Watson Macedo.

Em 1956, atuou nos filmes "Depois eu conto", de Watson Macedo e "Tira a mão daí", de J. Rui, da Flama-Unida. No mesmo ano, gravou a "Marcha do resfriado", de Klécius Caldas, Armando Cavalcânti e Brasinha e ingressou na Rádio Tupi com o fabuloso salário de 60.000 cruzeiros mensais.

Em 1957, gravou outro clássico de Lupicínio Rodrigues, o samba canção "Volta". No mesmo ano, fez excursão ao Uruguai e participou do filme "Metido a bacana", de J. B. Tanko, da Cinedistri-Sino.

Em 1958, registrou os sambas "O gemido da saudade", de Monsueto Menezes e José Batista; "Qual é o caso", de Jorge de Castro e Erasmo Silva e "O morro está doente", de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães.

No mesmo ano, atuou no filme "É de chuá", de Vítor Lima, da Cinedistri-Sino e fez nova excursão ao Uruguai. Lançou também o LP "Linda Batista", interpretando entre outras, "Zé do morro", de Herivelto Martins e David Nasser; "Feijoada completa", de Oswaldo França e Mary Monteiro e "Conselho", de Lupicínio Rodrigues e Rubens Santos.

No ano seguinte, apresentou-se na Argentina e participou do filme "Mulheres à vista", de Herbert Richers. Ainda em 1959, retornou para a Rádio Nacional além de receber da UBC e SBACEM, o prêmio Noel Rosa dado artistas que tivessem gravado apenas música nacional. No mesmo ano, gravou o choro "Stanislau Ponte Preta", de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho e o samba "O maior samba do mundo", de Herivelto Martins e David Nasser.

Em 1960, obteve grande sucesso no espetáculo "Varieties, 1960" apresentado por Carlos Machado na boate "Night and day". No mesmo ano, gravou a marcha "Vai que é mole" e o samba "Não precisas bater", de Mário Lago e Castelo.


Em 1961, fez sucesso no carnaval com o samba "Quero morrer no carnaval", de Luiz Antônio e Eurico Campos. O outro lado do disco, trazia a marcha "Olha a italiana" de sua autoria, naquele que foi seu último disco na RCA Victor. No mesmo ano, transferiu-se para a Chantecler onde estreou com o samba "Naná", de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Rutinaldo.

Em 1963, assinou com a Mocambo e lançou os sambas "Olho grande", de João de Oliveira e Oldemar Magalhães e "Pagar pra ver", de Armando Cavalcânti e Ivo Santos.

Em 1964, obteve algum sucesso no carnaval com o samba "Quem gosta de passado é museu", de sua parceria com Jorge de Castro. Participou de programas de televisão, mas foi aos poucos se afastando da vida artística entrando em depressão enquanto a fortuna pessoal acumulada se esvaía.

Em, 1998, o musical intitulado "Somos irmãs", de Sandra Werneck foi encenado no CCBB, no Rio de Janeiro, revivendo a vida, o sucesso e a decadência das irmãs Batista. A montagem, dirigida por Ney Matogrosso, ainda percorreu o Brasil em várias apresentações, sempre com êxito de público e de crítica.


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