terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rogério Guimarães

Rogério Pinheiro Guimarães (Campinas, 8 de junho de 1900 — Niterói, 23 de junho de 1980) foi um compositor e violonista brasileiro.

Estudou no Colégio Militar e até ingressou na Escola de Guerra, sem, contudo, concluir o curso. Começou a tocar violão aos quinze anos de idade. Como sua família possuía importantes contatos sociais, logo esteve se apresentando em festas em que compareciam poetas e cantores líricos.

Em 1927, fez suas primeiras gravações na Odeon, acompanhando o também estreante Gastão Formenti nas canções Anoitecer (motivo popular), Cabocla Apaixonada (Marcelo Tupinambá), Canarinho e Rolinha (ambas de Joubert de Carvalho).

No mesmo ano, tocou em dueto com o cantor e violonista Patrício Teixeira na gravação das canções "Cabocla bonita", de Catulo da Paixão Cearense e "Luar do Brasil", de Pedro de Sá Pereira e da modinha "Casinha pequenina", motivo popular. Ainda nesse ano, tocou em dueto com Patrício Teixeira em mais três discos do cantor..

Em 1928, teve sua primeira composição lançada em disco — Malabá, embolada, por Francisco Alves — e fez suas primeiras gravações como solista com Prelúdio de Violão e o tango Atlântico, de sua autoria.

Depois, acompanhou Francisco Alves na gravação de cinco composições suas: a valsa Sílvia, o choro Araca, a marcha Cinco de Julho, o foxtrote Uma Noite na Urca, o tango Saudades e a valsa Ao Luar. Acompanhou também Gastão Formenti na gravação da clássica Sussuarana (Hekel Tavares e Luiz Peixoto).

Ainda em 1928, acompanhou ao violão com Francisco Alves (Chico Viola - o Rei da Voz) o cantor Vicente Celestino na gravação das canções "Casinha da colina" e "Eterna canção", da canção-modinha "Bem-te-vi" e da valsa "Avião". Também com Francisco Alves acompanhou as gravações da "Toada sertaneja", da modinha "Malandrinha", do samba "Passarinho bateu asas" e da cançoneta "O perfume da crioula", feitas por Francisco Alves.

Em 1929, a gravadora Victor, que iniciava suas atividades no Brasil, o convidou para ser seu diretor artístico. Foi seu o primeiro disco lançado pela gravadora no Brasil, com as toadas Saudades do Sertão e Solidão. Como diretor artístico da Victor, promoveu artistas como Carmen Miranda, Floriano Belham e Dircinha Batista.

Em 1930, teve gravadas diversas composições: Artur Costa gravou o samba "Mariquinha eu quero vê", Os Fuzarcas Aliados a marcha "Bloco das nações", Sílvio Caldas os sambas "Balaco baco" e "Vira as butuca" e as marchas "Bambina, meu bem" e "Sestrosa" e Arnaldo Pescuma o samba "Você já deu seu coração", parceria com Randoval Montenegro.

No ano seguinte, teve gravado por Castro Barbosa o samba-canção "Tenho medo". No ano seguinte gravou o cateretê "O cuco do meu relógio" e a valsa "Noite silenciosa", de sua autoria.

Em 1932, fez com Gastão Bueno Lobo a rumba "Pampeira" gravada pelo grupo Os Namorados da Lua.

Em 1935, passou a atuar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Em 1936, acompanhou ao violão o acordeonista Antenógenes Silva na gravação do choro "Assanhado", das valsas "Lair" e "Recordação", da mazurca "Sertaneja", do tango "Soluçando" e da toada "Madrugada na roça", todas de Antenógenes Silva.

No ano seguinte, acompanhou ao violão o mesmo Antenógenes Silva na gravação da valsa "Soluços d'álma", da mazurca "Caprichosa", da rancheira "Tia Chica no baile", na polca "Alegria do sertão", no xote "Uma noite na serra" e da quadrilha "Olha o sapo", todas de Antenógenes Silva.

Em 1939, acompanhou Antenógenes Silva a gravação da clássica valsa "Saudades de Ouro Preto", de Antenógenes Silva.

Em 1940, acompanhou ao violão a dupla Alvarenga e Ranchinho na gravação da canção "Dona felicidade", da valsa "Não posso deixar de te amar, oh Guiomar" e da moda-de-viola "Arta do algodão" e tocou viola na gravação das modas-de-viola "Sindicato das galinhas" e "Moda dos poetas", todas de autoria da dupla Alvarenga e Ranchinho.

Ainda nesse ano, voltou a gravar na Odeon e lançou, de sua autoria, o choro "Aguenta o galho" e a valsa "Sinha Chica no baile". Atuou na Rádio Tupi até meados da década de 1950 quando abandonou a carreira artística. Ao todo, gravou treze discos como solista, tendo participado de vários outros, como acompanhante.


Resultado(s) encontrado(s): 14 música(s) em 9 disco(s)

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 01
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Minha Palmeira Triste

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 02
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Primeiro Amor

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 05
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Canção Da Felicidade

ARY BARROSO - NOSSA HOMENAGEM - 100 ANOS - VOL. 06
(CD/2003)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais)
Música(s): Caco Velho

CARMEN MIRANDA - RARIDADES
(CD/2007)
Carmen Miranda
Música(s): Não Tens Razão; De Quem Eu Gosto

CARMEN MIRANDA - VOL. 01
(CD/1998)
Carmen Miranda
Música(s): Triste Jandaia; Dona Balbina

CHORO - 1906/1947
(CD/1999)
Diversos Intérpretes (ver Participações Especiais), Diversos Instrumentistas (ver Músicos)
Música(s): A Vida É Um Buraco; Segura Ele

O CHORO E SUA HISTÓRIA - IZAÍAS E ISRAEL ENTRE AMIGOS - CD 02
(CD/2006)
Izaias de Almeida, Israel de Almeida
Música(s): A Vida É Um Buraco

VIOLEIRO TRISTE
(CD/2004)
Alvarenga, Ranchinho
Música(s): Carrêro Bão; Ave Maria; Romance De Uma Caveira

Em suas apresentações como solista era conhecido como Rogério Guimarães, mas quando acompanhava seu conjunto, o Regional Rogério Guimarães, recebia o apelido de Canhoto. As apresentações e o acompanhamento de cantores em gravações e nas rádios, principalmente na Rádio Tupi a partir de 1935, estenderam-se por vários anos.

Seu regional, também conhecido como Grupo do Canhoto, foi considerado um dos melhores de todos os tempos e esteve em franca atividade até meados de 1950.

Como solista de violão, realizou várias gravações, entre as quais: a valsa Norma, Parlophon, e Ao luar, Odeon, ambas em 1928; a marcha Vítor e a valsa Noite de prazer, ambas na Victor em 1930; o choro Agüenta o galho, Odeon, 1940; a valsa Borboleta azul, Odeon, 1946; e a canção Istambul, Odeon, 1947, todas as composições de sua autoria.

CURIOSIDADES - Arquivo dos programas de violão clássico apresentados por Fábio Zanon e transmitidos originalmente pela Rádio Cultura FM de São Paulo. ouça aqui

FONTE


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