sábado, 14 de maio de 2011

Zé Alexandre



José Alexandre Gomes Coelho da Rocha e Silva nasceu a 14 de agosto de 1957, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Caçula de uma família de quatro filhas, seu pai, o oficial do Exército Waldemar Coelho da Rocha e Silva, era calculista de concreto armado e a mãe, Conceição Gomes Coelho da Rocha e Silva, é dona de casa.

A mãe chegou a cantar no rádio, no então famoso programa de calouros de Ari Barroso. Com um ano de idade, Zé Alexandre se mudou com a família, para Brasília, onde passou toda a infância e adolescência, brincado e jogando bola, subindo em árvores e fazendo esportes, como a maioria das crianças.

Por volta dos 7, 8 anos, ouviu pela primeira vez a voz de Rita Pavone, o que fez nascer seu encanto pelo canto. As irmãs, aficcionadas por discos de trilhas de filmes, tornaram mais íntima a música na vida do irmão menor, que se deliciava ouvindo canções dos mais variados estilos. Mais ou menos aos nove anos, ganhou o primeiro violão, dos pais. Arranhava alguns acordes, e passou a ter o instrumento como uma de suas maiores distrações.

Em 1974, no curso do 2º Grau, conheceu Paulo André Prista Tavares, amigo violonista, de família de músicos eruditos. Começou, então, a ampliar seu conhecimento musical. Com Paulo André, debaixo do bloco (local de encontro de amigos, em Brasília), dedilhava o violão, se acompanhando em músicas de Cat Stevens, Milton Nascimento, Chico Buarque...

Ainda neste ano viu pela televisão, num festival de música da cidade, um rapaz cantando com uma moça e, fascinado com a canção, se surpreendeu pensando, pela primeira vez: "Nossa, eu gostaria de estar ali, como esse cara!"

Comentando com Paulo André, sobre a canção que ouvira defendida pelo casal desconhecido, se surpreendeu mais uma vez ao ouvir do amigo que a moça era sua irmã e o rapaz namorado dela. Seus nomes: Ciça e Oswaldo Montenegro.

Apresentações feitas, Zé tornou-se grande amigo daquele que viria a ter influência decisiva em sua vida. Começou a tocar percussão e a fazer vocais nos muitos shows que Oswaldo fazia, na época, na capital.

Começaram a viajar para o Rio, para apresentações, quando Oswaldo recebia convites para tal, e a paixão de Zé pela música foi crescendo. No entanto, criado para fazer uma faculdade como Engenharia, Medicina ou algo semelhante, jamais ousou sonhar em ter aquele "passatempo" como profissão.

Em 1976, separa-se dos amigos brasilienses para vir para o Rio, onde fez o cursinho pré-vestibular.

Em 1977, começou a freqüentar a Faculdade de Engenharia, no Fundão. Neste mesmo ano, recebe um telefonema de Oswaldo, dizendo precisar urgentemente que ele fizesse uma substituição no coro do elenco da peça João sem Nome, que apresentava na época na Aliança Francesa da Tijuca. Zé relutou muito, por causa da Faculdade, mais diante da necessidade urgente do amigo, aceitou.

A peça foi um grande sucesso e Zé recomeçou a participar dos ensaios, shows e espetáculos de Oswaldo, que já morava, então, no Rio e não parava de convidar o amigo.




A Universidade o desencantava cada vez mais, enquanto a paixão pelo palco, pela música, aumentava.

Em 1980, Oswaldo, já em seu 2º Lp pela WEA, o convidou para integrar a banda com a qual faria sua primeira excursão nacional, que aconteceu exatamente depois dos festivais de Bandolins e Agonia. Não podendo resistir a essa tentação, Zé tomou coragem e largou a Faculdade, aceitando o convite.

Neste mesmo ano, Oswaldo convenceu ou dirigentes WEA a gravarem um compacto e um LP solo de Zé. Começou, nesta mesma época, a compor músicas próprias. Sua primeira parceria com Oswaldo é a bela "Pousa", canção gravada em seu primeiro LP.

Ainda em 1980, casou-se com a antiga namorada brasiliense, Cristina.



Em 1981, viajou com Cristina para Brasília onde encontrou Oswaldo, que fazia a montagem do espetáculo Veja Você Brasília.



Neste período vem a novidade: estavam grávidos! Seu primeiro filho, Amure, nasceu em setembro de 1982, já no Rio. A paixão pela arte agora alcançava as montagens teatrais. Ainda em 1982, foram para Belo Horizonte, onde montaram Cristal.

Voltaram para Brasília, onde montaram A Dança dos Signos, que estreou naquela cidade, indo depois para o Rio, onde tinha temporada marcada de um mês. Mas, devido ao estrondoso sucesso, o musical permaneceu por mais de dez anos na cidade.

A vida de Zé mudara completamente. Diversas montagens com Oswaldo, como Os Menestréis, Léo e Bia, foram se sucedendo. Passou, então, a criar um repertório próprio e, em 1984, começou a tocar em bares da cidade. Seu público crescia assustadoramente. Quando se anunciava seu nome num bar, era casa cheia, com certeza.

No início de 1986 separa-se de Cristina, e no final do mesmo ano casa-se com sua atual esposa, Morgana.

Em 1994 nasce Hurá, seu segundo filho. Os shows em bar continuam cada vez mais intensamente, fazendo com que passe a se dedicar com mais afinco à carreira solo. Em função desta e a do próprio Oswaldo, afasta-se profissionalmente do amigo. Passa a compor cada vez mais.

Em 1999 lança o cd "Zé Alexandre ao vivo". Neste Cd Zé Alexandre interpreta além de composições suas os clássicos "Mora Na Filosofia", de Monsueto, "Canção pra inglês ver", de Lamartine Babo, os sambas-de-breque "Oróra Analfabeta", de Gordurinha e Nascimento Gomes e "Festival de Bolachada", de Gordurinha - no álbum Zé Alexandre ao vivo - 1999 - CD Independente, produzido com o ator e diretor de teatro, cinema e televisão, Roberto Bomtempo.


Em 2006 o cd "Olhar Diferente". Participa de diversos festivais por todo o país, onde já tem nome certo e prestigiado.


Hoje, morando em Minas com a esposa e o segundo filho, continua lotando os bares onde toca e vencendo a grande maioria dos festivais dos quais participa.

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