terça-feira, 3 de maio de 2011

Umberto Silva

Para ilustrar a postagem sobre Umberto Silva escolhi a obra
"Composição VII" (1913) - 140 x 201 cm; óleo sobre tela
de Wassily Kandinsky (1866 - 1944) excelente pintor,
que, por várias vezes, comparou a música à pintura.
Compositor. Cantor de estilo romântico, Umberto Silva compôs principalmente boleros e tangos. Em 1957, teve o samba "Vieram me contar", parceria com Ari Monteiro, gravado por Odete Amaral. No ano seguinte, Linda Batista gravou "Feijoada completa", parceria com Mary Monteiro.

Em 1959 teve o bolero-mambo "Tormento", parceria com Zeca do Pandeiro, gravado na RCA Victor por Fernando Barreto.

No ano seguinte, o bolero "Ninguém é de ninguém", parceria com Toso Gomes e Luis Mergulhão, foi gravado com grande sucesso por Cauby Peixoto na RCA Victor.

Ninguém É de Ninguém
Composição: Umberto Silva, Toso Gomes e Luiz Mergulhão
Ninguém é de ninguém
na vida tudo passa

Ninguém é de ninguém
até quem nos abraça

não há recordação
que não tenha seu fim

Ninguém é de ninguém
o mundo é mesmo assim...

Já tive a sensação
que amava com fervor

Já tive a ilusão
que tinha um grande amor
talvez alguém pensou
no amor que eu sonhei
e que perdi também

e assim vi que na vida
ninguém é de ninguém


No mesmo ano Fernando Barreto gravou o bolero-mambo "Noites de insônia", parceira com Toso Gomes.

Gordurinha gravou em 1961 "Passe ontem" (Umberto Silva / Luis Mergulhão).

Passe ontem

A morte é negra, ninguém escapa
Nem o rei, nem o rico, nem o rapa

Da dona morte eu tenho medo pra chuchu
Quem gosta de caveira é o coveiro do caju
Não me dou com o clima lá do cemitério
Pra me livrar da morte é um caso muito sério
Apanho um vintém, compro uma panela
Fico dentro dela, tampo bem tampado
A morte ali passando, não me vê eu to fechado
A morte passe ontem que hoje tô ocupado


"Brigas"
Composição: Umberto Silva / Toso Gomes

Em 1961 Cauby Peixoto gravou o samba-canção "Brigas", parceria com Toso Gomes.


"Vivemos para amar"
Composição: Luiz Mergulhão, Toso Gomes e Umberto Silva

Edith Veiga gravou o bolero "Vivemos para amar" (Luiz Mergulhão, Toso Gomes e Umberto Silva) em um compacto duplo.

Leila Silva gravou o tango "Desespero", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Paulo Aguiar.

Em 1962 teve entre outras composições gravadas o bolero "Gota de carinho", parceria com P. Aguiar e A Pessanha, por Carlos José na Continental, "Vendaval", com Luis Mergulhão, por Albertinho Fortuna, "Disfarce", com Toso Gomes e Luis Mergulhão, por Francisco Petrônio na Continental, e a marcha "Brasil bi campeão", parceria com Lewis Jr, pelo Coro do Clube do Guri.



Em 1962, Elis Regina gravou Confissão, de Paulo Aguiar/Umberto Silva/Luiz Mergulhão, no LP Poema de Amor (segundo disco de sua carreira)- relançado em 1982 com o nome de Poema juntamente com seu primeiro disco de carreira: "Viva a Brotolândia".

Em 1989 voltou a ser relançado em LP simples com o título de "A Estrela Brilha", e novamente em 2006 na coleção "Primeiro Discos". No mesmo ano gravou com As Vocalistas os boleros "Onde andará", de William Duba e Paulo Aguiar, e "Vida minha", de Lourival Faissal.

Um de seus mais constantes intérpretes foi Silvio Silva, que gravou entre outras, o tango "Razão de minha dor", parceria com Fausto Guimarães e o samba-canção "Felicidade para dois", parceria Wilson Falcão.

Teve mais de vinte músicas gravadas, entre outros, por Cauby Peixoto, Silvio Silva, Carlos José, Linda Batista, Gordurinha e Odete Amaral.


Ninguém é de ninguém


CURIOSIDADES

Em 1961, Sérgio Reis gravou seu primeiro disco, um 78 rpm com o bolero "Enganadora", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Souza Lima.


Helenize Teresinha de Lima P. Almeida, conhecida como Ellen de Lima, em 1967, lançou o LP Ellen Canta, com destaque para a canção Na Paz do Seu Olhar, de João Melo, e Você É Todo Mal Que Me Faz Bem, de Umberto Silva e Paulo Aguiar. Nessa época já era contratada pela TV Globo, onde atuou como atriz e cantora.


Trio Ternura

Um dos mais importantes grupos vocais do Brasil, formado pelos irmãos Jurema Lourenço da Silva (07/11/1946), Robson Lourenço da Silva (24/08/1951 – 25/12/2011) e Jussara Lourenço da Silva (17/05/1953). Nascidos no Rio de Janeiro, são filhos do compositor Umberto Silva, autor de clássicos como o bolero “Ninguém é de ninguém”, imortalizado na voz de Cauby Peixoto e a marcha carnavalesca “Até quarta-feira”, entre outros.


FONTE

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