sexta-feira, 20 de maio de 2011

Os Pioneiros - A Origem da Música de MS


A literatura marcou presença no 8º Festival América do Sul (FAS), de Corumbá/MS. Durante o evento foram lançados diversos livros como “Os Pioneiros – a origem da música sertaneja de MS”, do músico e jornalista Rodrigo Teixeira. O lançamento aconteceu no dia 29 de abril/2011, no Moinho Cultural Sul-Americano, dentro da programação Quebra-Torto com Letras.

Os Pioneiros - A Origem da Música de MS enfoca a primeira leva de compositores do sul de Mato Grosso. O livro trata de artistas que, a partir da década de 50, deram os primeiros passos para criar a música sul-mato-grosssense. O autor Rodrigo Teixeira entrevistou os protagonistas desta história, reuniu dezenas de fotografias e organizou uma discografia com mais de 100 discos.

‘Os Pioneiros’ é um mergulho na gênese da história da música de Mato Grosso do Sul. A publicação já conta com aproximadamente 2 mil downloads no site Overmundo, onde pode ser baixado de graça e já está com as mil cópias da primeira edição praticamente esgotadas.

Donos de uma obra extensa e que necessita de um estudo mais detalhado de análise musical, Délio e Delinha, Zacarias Mourão, Amambay e Amambaí, Zé Corrêa, Beth e Betinha, Jandira e Benites, Maciel Corrêa, Adail e Tesouro, Ado e Adail, Tostão e Guarany, Aurélio Miranda e Victor Hugo de La Sierra foram alguns dos artistas que ajudaram a transformar Mato Grosso do Sul em um celeiro de talentos musicais com trabalhos de primeira qualidade e com um forte cunho fronteiriço.

Estes artistas são os primeiros compositores que registram e cantam a ‘matogrossice’, um jeito de ser brasileiro único e ainda não incensado como o tradicionalismo gaúcho, a cultura carnavalesca nordestina-carioca e a exuberância amazônica.

O livro pode ser baixado de graça neste link

Governador reinaugurou Museu da Imagem e do Som

Em solenidade de reinauguração do Museu da Imagem e do Som (MIS de MS), unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), ocorrida na noite de 03/05/2011 o governador André Puccinelli destacou a importância de o Estado ter espaços culturais preservados e conquistados. “Assim podemos ter a interação da sociedade de forma a mostrar o que fomos, o que somos e, com a interação, o que seremos”.

Por meio do projeto de Adequação das Áreas de Salvaguarda do Acervo e Implantação da Sala de Projeção, realizado com o apoio do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e contrapartida do governo do Estado, o museu ganhou uma sala de projeção com 70 poltronas reclináveis, passou a ter uma sala de exposição com quatro projetores e saídas de som independentes, e teve a área de acervo reestruturada com arquivos deslizantes.



Para realçar esse grande momento do patrimônio histórico e cultural do Estado, foi lançada a Exposição Audiovisual “Os Pioneiros – A Origem da Música Sertaneja de Mato Grosso do Sul”, baseada na obra homônima do jornalista Rodrigo Teixeira, financiada pelo Fundo de Investimentos Culturais do Estado (FIC-MS), com trilha sonora do Projeto “Memória Fonográfica de MS” de Carlos Luz e Ismael Sprandel, idealizadores do Kit de Difusão Musical da FCMS.

O evento contou com a presença de Maria Margareth Escobar Ribas Lima, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Mato Grosso do Sul; do presidente da FCMS, Américo Calheiros; da gerente de Patrimônio Histórico e Cultural da FCMS, Neusa Narico Arashiro; do coordenador do MIS de MS, Rodolfo Ikeda; do jornalista Rodrigo Teixeira, autor do livro “Os Pioneiros – A Origem da Música Sertaneja de Mato Grosso do Sul”; do pesquisador da música sul-mato-grossense Carlos Luz; das duplas sertanejas de raiz Beth & Betinha e Tostão & Guarany e Guilherme Rondon, dentre outras autoridades e grandes nomes da cultura sul-mato-grossense.

O governador agradeceu à Idara Duncan, que foi homenageada dando nome à sala de projeção, pelo mérito da criação do MIS, em 1990, ocasião em que foi secretária estadual de Cultura; à Maria Margareth Escobar, pela atuação na Superintendência Estadual do Iphan e à equipe que compõe a Fundação de Cultura.

Na realidade nós aferimos, com o beneplácito da competência dos que atuam, os dividendos políticos à boa equipe que a Fundação de Cultura tem, aos precursores que idealizaram o museu como a Idara e dos que nos auxiliam. Ao sucesso, Mato Grosso do Sul, e que no som e no visual, possamos mostrar que nosso Estado é o mais belo da Federação e o mais competente na música a começar pelo nosso hino”.

O presidente da FCMS, Américo Calheiros, destacou a sensibilidade e a competência do governador por seu pronto apoio à restauração do museu, e ao Ibran e ao Iphan por aportar os recursos através de seus editais.

É um orgulho podermos homenagear a Idara com o nome a esta sala, devido à grandeza de sua atitude e colaboração para com a cultura de nosso Estado. Não se concebe mais um museu como um depósito de velharias, coisas inservíveis. Atualmente museu é sinônimo de um espaço dinâmico, aberto á comunidade, com fins educacionais, atuando como repositório vivo de nossa memória sócio-histórica e cultural no âmbito do audiovisual. Teremos a partir de agora uma programação intensa e um espaço pronto para atender ao público. Dependendo da programação, o público vai poder se encontrar com Charles Chaplin, Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman; por quê não Sônia Braga, Fernanda Montenegro, Joel Pizzini; Essi Rafael, num sentido mais contemporâneo; que são frutos da criatividade do talento e da força do audiovisual do mundo, do Brasil e de Mato Grosso do Sul”.

O coordenador do MIS, Rodolfo Ikeda, explicou que a partir de agora a instituição deve estar mais próxima da sociedade: “Queremos que o museu esteja em diálogo constante com o público, que sirva de fonte inspiradora para agentes de cultura locais e globais, possibilitando inúmeras mostras, cursos, palestras, debates, pesquisas, e que salvaguarde nossa memória audiovisual devidamente. Além da sala de projeção com novos equipamentos e instalações, voltadas ao audiovisual, inauguramos a nova área de salvaguarda do acervo, agora com arquivos deslizantes e melhor condicionamento, e nossa nova sala de exposição. Por tudo isso, ressalto que o MIS que reinauguramos hoje é a continuidade do trabalho da professora Idara Duncan, que criou o museu em gestão anterior do governo do Estado, e dos coordenadores anteriores, que tornaram o MIS um espaço de referência para a formação e difusão do conhecimento e da identidade cultural de nosso Estado. Agradeço ao Ibram e ao Iphan que por meio de seus editais possibilitaram investimento de mais de R$ 300 mil em quatro anos”.

A superintendente estadual do Iphan, Maria Margareth Escobar Ribas Lima, disse que desde 2010 o País conta com essas duas instituições para apoiar a cultura: o Ibran e o Iphan, deviso a mudanças no Sistema Nacional de Cultura já que antes era apenas o Iphan responsável por tal na área museológica: “Através de incentivos financeiros, esta reinauguração vem ao encontro com o que nós esperamos no sentido de ampliar ações desse porte, fomentando a cultura do Estado. Fico muito feliz com esta ação e também pela obra do jornalista Rodrigo Teixeira, na qual se baseia a exposição, pois valoriza nossa cultura, o que é um orgulho para nós sul-mato-grossenses”.

“O lançamento dessa exposição marca um novo ciclo de diálogos e atividades com o público, dando ênfase às novas tecnologias, à classe artística e à memória sul-mato-grossense, demonstrando a sintonia do MIS com as Políticas Nacional e Estadual de Museus, haja vista nossa integração à Semana Nacional de Museus. Além disso, o público poderá contar com uma agenda repleta de atividades culturais de suma importância para o fortalecimento de nossa identidade cultural”, relata Neusa Narico Arashiro, gerente de Patrimônio Histórico e Cultural da FCMS.

O MIS de Mato Grosso do Sul tem por finalidade preservar os registros que compõem a memória audiovisual sul-mato-grossense, efetuando a salvaguarda dos bens culturais que formam a identidade sócio-histórica do Estado. O acervo do museu, formado a partir de doações particulares e institucionais, é composto por um rico material que contempla categorias como fotografia, vinil, CD, VHS, DVD, película, livro, catálogo e objeto.

Desde sua criação, o MIS vem desenvolvendo ações museológicas no sentido de contribuir com a formação e a difusão de conhecimento e da cultura no Estado, oferecendo à comunidade uma programação diversificada que compreende palestras, oficinas, cursos, seminários, mostras de cinema e exposições.

Exposição - A “Exposição Audiovisual Os Pioneiros – a origem da música sertaneja de Mato Grosso do Sul” é baseada no livro homônimo de Rodrigo Teixeira, financiado pelo Fundo de Investimentos Culturais do Estado (FIC-MS).

O autor é jornalista e músico com três discos lançados e vem atuando na cena artística de Campo Grande desde os anos 1980. Após experiência como jornalista em São Paulo e Rio de Janeiro, destacou-se em Mato Grosso do Sul como jornalista cultural nas mídias impressa e eletrônica.

Desde 2008 desenvolve a MatulaTV e o blog Matula Cultural para divulgar a arte-sul-mato-grossense na internet. Para escrever o livro, Rodrigo entrevistou os protagonistas desta história e seus herdeiros, mergulhando a fundo na gênese da música sul-mato-grossense.

A trilha sonora utilizada na exposição integra o projeto “Memória Fonográfica de MS”, idealizado pelos pesquisadores Carlos Luz e Idemar Sprandel, criadores do Kit de Difusão Musical da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Ambos mantêm um acervo de LPs e CDs de todas as vertentes musicais de Mato Grosso do Sul ao longo de dez anos. Atualmente contam com 30 mil músicas catalogadas, com obras que datam desde os anos 1950 aos dias atuais.

O Museu da Imagem e do Som (MIS de MS) localiza-se no Memorial da Cultura e Cidadania, na avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar, em Campo Grande/MS. Mais informações pelo fone (67) 3316-9178 e pelo email mis.de.ms@gmail.com

FONTE

PORTAL MS

a critica

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