segunda-feira, 16 de maio de 2011

Joel Nascimento


Joel Nascimento (13/10/1937 - Rio de Janeiro/RJ) Músico. Bandolinista e compositor. Nasceu no bairro da Penha Circular, subúrbio do Rio de Janeiro. O tio-avô paterno de Joel Nascimento era mestre de banda em Recife. Seu pai gostava de música e ensaiava alguns acordes no cavaquinho. Seu irmão tocava violão. Na infância e adolescência estudou cavaquinho, piano e acordeom, e mais tarde chegou a fundar um grupo para tocar em bailes, o Joel e Seu Ritmo...



Aos 10 anos, Joel começou a se interessar por música através do piano, logo depois passou a tocar cavaquinho. Estudou piano no curso Dionéia, em Brás de Pina e posteriormente estudou acordeom na Academia Mário Mascarenhas.

"O meu despertar para a música veio em 1948 quando assisti ao filme ‘À Noite Sonhamos(dirigido por Charles Vidor), uma versão fantasiosa da vida de F. Chopin. O piano passou a ser o meu instrumento preferido, até os dias de hoje. O primeiro instrumento a chegar às minhas mãos foi um cavaquinho, que aprendi a tocar sozinho. Aos 15 anos, passei a estudar piano clássico e teoria musical", relembra Joel.

Aos 18 anos ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, onde estudou piano clássico com o professor Max de Menezes Gil; e, mais tarde, fez um aprendizado especial com Ian Guest.

Joel trabalhou na companhia aérea Panair do Brasil. Formou-se em técnica radiológica trabalhando no Hospital das Clínicas Pedro Ernesto, INPS e Instituto Médico Legal. Estudou teoria musical com o Professor Ian Guest.

Nos anos 50, Joel Nascimento formou seu primeiro grupo Joel e Seu Ritmo, atuando em bailes e no qual tocava cavaquinho eletrificado, acordeom e piano.

Em 1954 teve o primeiro encontro com Jacob do Bandolim.

Em 1973 iniciou amizade com Radamés Gnattali ao tocar para o mestre a "Suíte retratos", de autoria do maestro.

No ano de 1974 entrou em estúdio pela primeira vez, levado por Lygia Santos, filha de Donga, para gravar no LP "A música de Donga", juntamente com Elizeth Cardoso, Altamiro Carrilho, Abel Ferreira, Dino, Meira, Canhoto, Marçal, Jorginho do Pandeiro, Gisa Nogueira, Elizeu Félix, Luiz Paulo da Silva, Leci Brandão, Almirante e Paulo Tapajós, além do próprio Donga em algumas faixa e em trecho do depoimento dado pelo compositor ao MIS (Museu da Imagem e Som, do Rio de Janeiro, em 1969). Neste mesmo ano foi convidado por João Nogueira a participar do disco "E lá vou eu", de João Nogueira, no qual atuou nas faixas "Braço de boneca" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e "De rosas e coisas"
(Ivor Lanceloti).

Entre 1975 e 1976 integrou os grupos A Bandola (que acompanhava João Nogueira) e A Fina Flor do Samba, que acompanhava Beth Carvalho.

No ano de 1976, pela gravadora Odeon, lançou seu primeiro disco "Chorando pelos dedos", produzido por João Nogueira. No LP interpretou "Apelo" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Marambaia" (Henricão e Rubens Campos), "Carolina" (Chico Buarque), "Chorinho do Sovaco de Cobra" (Abel Ferreira), "Tempo à beça" (João Nogueira), "Evocação de Jacob" (Avena de Castro), "Wave" (Tom Jobim), "Cantiga por Luciana" (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), "Sambista chorão" (Mané do Cavaco), "Castigo" (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves) e "Valsa de realejo" (Guinga e João Nogueira), além de "Ecos", composição de sua autoria.

O disco foi lançado no reduto do choro da época, o bar Sovaco de Cobra, na Penha Circular. Segundo o jornalista Sergio Cabral "Em uma festa antológica, só tive conhecimento de um evento parecido feito para o cantor Orlando Silva".

Em 1977 ganhou o "Prêmio Playboy" na categoria "Melhor instrumentista de cordas". Neste mesmo ano ao lado de Waldir Azevedo, Paulo Moura, Zé da Velha, Abel Ferreira e Copinha, apresentou o show "Choro na praça", com direção de Albino Pinheiro, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

O espetáculo, apresentado em três dias no mês de junho, gerou um álbum duplo, ao vivo, no qual foram gravadas 19 composições, entre as quais participou como bandolinista das seguintes faixas: "Apanhei-te cavaquinho" (Ernesto Nazareth), "Murmurando" (Fon-Fon), "Naquele tempo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Lamento" (Pixinguinha), "Urubu malandro" (Pixinguinha) e "Ecos", de sua autoria.

Em 1978 lançou os LPs "O pássaro" e "Meu sonho". No disco "O pássaro", produzido por João Nogueira, foi acompanhado pelos músicos Dino (violão de 7 cordas), Wilson das Neves (bateria), Moacyr Silva (sax), Antonio Adolfo (teclados), Copinha (flautas e flautins), Luiz Roberto (baixo), Dazinho (ganzá), Jorginho (pandeiro), Jorginho (flautas e flautins), Geraldo Vespar (guitarras e arranjos), Eduardo Souto Neto (órgão e piano), Ricardo (teclado), Laércio Freitas (piano) e Ubirajara Silva (bandoneon interpretando "Topei com você" (Cláudio Jorge), "Bares da cidade" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Doralice" (Dorival Caymmi e Antônio Almeida), "Saveiros" (Dori Caymmi e Nélson Motta), "A felicidade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Até pensei" (Chico Buarque), "Xeque-mate" (arranjo e composição de Gaya), "Canto triste" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) e "Sorriso de Cristina" e "Somente saudade", ambas de sua autoria, além da faixa-título "O pássaro", também de Joel Nascimento.

No disco "Meu sonho" incluiu "Peneirando", "Meu sonho" e "Congada do sino", as três de sua autoria e ainda interpretou "As rosas não falam" (Cartola), "Bala com bala" (João Bosco e Aldir Blanc), "Amigos"
(Geraldo Vespar, arranjador do disco), "Coincidência" (Nivaldo Duarte e Paulo César Pinheiro), "Maninha" (Chico Buarque), "Entre mil... Você" (Jacob do Bandolim, com arranjos de Luiz Roberto), "Bijuterias" (João Bosco e Aldir Blanc), "Bandoladas" (Geraldo Vespar) e "Três entrelinhas", de Anacleto de Medeiros.

Neste mesmo ano de 1978 recebeu, pela segunda vez, o "Prêmio Playboy da MPB", novamente na categoria "Melhor Instrumentista de Cordas". Por essa época, apresentou-se com a Orquestra Sinfônica Brasileira e da Orquestra de Câmera de Blumenau, de Santa Catarina, entre outras.

Tem como marco principal em sua carreira, a ideia e o pedido feito a Radamés Gnattali, no final de 1978, para transcrever a "Suíte retratos", de autoria do maestro, para a formação chamada regional (bandolim, cavaquinho, três violões e ritmo), suíte originalmente escrita para bandolim solo e orquestra de cordas. Joel Nascimento reuniu um grupo para tocar a peça, que ganhou uma forma camerística, resultando em uma nova concepção musical e instrumental à formação tradicional dos conjuntos de choro.

A primeira audição da nova versão da "Suíte retratos" aconteceu na Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro, com Joel Nascimento e o grupo que o mesmo havia formado para execução desta nova versão da suíte. Além de Joel, integrava o grupo, ainda sem nome, Maurício Carrilho (responsável por essa primeira apresentação da suíte), Rafael Rabello, Luciana Rabello, Celso Silva e Luiz Otávio Braga (pouco depois substituído por João Pedro Borges).

Com essa nova formação, a inclusão do violonista João Pedro Borges, o conjunto apresentou-se em Curitiba, São Paulo e Brasília. Logo o grupo estava em estúdio para o que viria a ser o último disco de Joel Nascimento na EMI/Odeon "Tributo a Jacob do Bandolim", disco que teve Radamés Gnattali como arranjador e pianista.

Em decorrência de problemas auditivos (surdez total do ouvido direito), Joel Nascimento abandonou a carreira musical aos 22 anos. Como havia feito no início da década de 60 fez um curso de técnica radiológica, passou a trabalhar em hospitais.

No ano de 1968 retornou à música graças a seu irmão Joyr Nascimento, violonista e fundador do bar Sovaco de Cobra, considerado um dos principais redutos do gênero choro no Rio de Janeiro nas décadas de 1960/70, sendo o principal responsável pela divulgação em todo o Brasil e no exterior. Joyr levou Dr. Oraci (advogado e músico amador) à casa de Joel. Dr. Oraci pediu a Joel que tocasse cavaquinho e ao ouvi-lo, o doutor o convidou para participar das rodas de choro em sua casa e em 1969 presenteou o músico com um bandolim; e este pôs-se a estudar o instrumento.

Disposto e executar a suíte "Retratos", composta por Radamés Gnattali para Jacob do Bandolim, foi falar com o compositor, que o encorajou. Depois de meses de estudo, executou a suíte, acompanhado pelo autor. A partir de então começou a participar de gravações, tornando-se um dos bandolinistas mais requisitados pelos intérpretes.

No cavaquinho fui 100% autodidata. No bandolim, além de autodidata, usei alguns estudos de violino juntamente com métodos convencionais para o instrumento. Usei, também, a condução didática dos estudos de piano dando, assim, uma diretriz sólida aos estudos do bandolim. Aprendi, por mim, a usar sons, formas e efeitos que me conduziram a uma personalidade única no meu instrumento", conta Joel.

O ano era 1979 e o disco, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, foi uma homenagem a Jacob do Bandolim que completava 10 anos de falecimento. Este mesmo disco, devido a um impasse entre Joel Nascimento e a gravadora Odeon, seria lançado em 1980 pela WEA (gravadora com a qual o músico assinou contrato apenas para o disco "Tributo a Jacob do Bandolim") é atribuído, erroneamente, através de sua capa, a Radamés Gnattali, Joel Nascimento e Camerata Carioca. Contudo, o LP é somente de Joel Nascimento como é assinalado no label do fonograma. Não há na WEA qualquer registro de disco da Camerata Carioca. O conjunto como Camerata Carioca, só existiria alguns meses depois da gravação do referido disco, sendo o nome do conjunto dado por Hermínio Bello de Carvalho.

Joel Nascimento & Maurício Carrilho - Evocação de Jacob - Avena de Castro (1979)


No LP "Tributo a Jacob do Bandolim" Joel Nascimento interpretou a suíte "Retratos" em seus quatro movimentos: "1º - Pixinguinha", "2º - Ernesto Nazareth", "3º - Anacleto de Medeiros" e "4º Chiquinha Gonzaga" e ainda as composições “Conversa mole/Jacobeana" (Radamés Gnattali), "Gostosinho", "Doce de coco", "Voo da mosca", "Noites cariocas" e "Vibrações", todas composições de autoria de Jacob do Bandolim.

Em 1982, integrando o grupo Camerata Carioca, lançou o disco "Vivaldi & Pixinguinha", através do "Projeto Almirante", projeto da Funarte, por onde o disco fora lançado. Com produção artística e co-produção executiva de Hermínio Bello de Carvalho no LP foram incluídas as faixas "Jubileu" (Anacleto de Medeiros), "Batuque" (Henrique Alves de Mesquita), "Marreco quer água" (Pixinguinha), "Devagar e sempre" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Tapa buraco" (Pixinguinha), "Um a zero" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Ingênuo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Vou vivendo" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), além de "Concerto grosso op. 3 n. 11 - estro armonico" em seus movimentos "Allegro", "Largo" e "Alegro final", de Antonio Vivaldi.

O disco contou com a participação especial do maestro Radamés Gnattali (cravo, piano acústico e arranjos), além dos músicos que integravam o Camerata Carioca na ocasião Joel Nascimento (bandolim e seu principal solista), João Pedro Borges (violão), Maurício Carrilho (violão), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), Henrique Cazes (cavaquinho) e Beto Cazes (reco-reco e pandeiro).

Após a gravação do LP "Vivaldi & Pixinguinha", João Pedro Borges deixou o grupo, sendo substituído pelo violonista Joaquim Santos. Neste mesmo ano apresentou-se no Lincoln Center-Alice Fully Hall, em Nova York, ao lado de Arthur Moreira Lima e Raphael Rabello, entre outros.

No ano de 1983, integrando o grupo Camerata Carioca e como seu principal solista, lançou o LP "Tocar", já contando com um novo integrante no grupo, o flautista e saxofonista Dazinho. Com esta formação, o conjunto adquiriu uma forma mais elaborada. Os arranjos foram assumidos por Luiz Otávio Braga, Maurício Carrilho, Joaquim Santos e Radamés Gnattali.

No LP o grupo interpretou "Fugata" (Astor Piazzolla), "Choro de mãe" (Wagner Tiso), "Marreco quer água" (Pixinguinha), "Valsa triste" (Radamés Gnattali), "Ainda me recordo" (Pixinguinha), "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Remexendo" (Radamés Gnattali), "Uma rosa para Pixinguinha"
(Radamés Gnattali), "Lenda do caboclo" (Heitor Villa-Lobos) e "Fuga nº 1" (Léo Brouwer).

Com o grupo acompanhou em gravações Nara Leão, Zezé Gonzaga e Elizeth Cardoso. Por essa época, apresentou-se em solo em vários shows e eventos internacionais e em turnê por vários países, entre eles Alemanha, Suíça (Festival de Montreux), Áustria, França (Festival de Nice e Córsega), Portugal, Argentina, Japão e Guiana Francesa. Participou também do "Festival de Câmara do Novo México" (EUA).

Em 1985 a gravadora EMI/Odeon lançou a coletânea “As rosas não falam”, com algumas faixas de seus discos solos anteriores.

No ano seguinte, em 1986, pelo selo Basf, foi lançado o LP "Radamés Gnattali - 80 Anos de Música Brasileira - Waldemar Henrique", disco, no qual atuou como solista da Orquestra de Câmara de Blumenau, em trabalho que homenageou a obra de dois importantes compositores eruditos. Além da própria orquestra, destacaram-se neste trabalho o maestro e regente Norton Morozowicz e a soprano Ruth Staerke. Destacou-se também no disco o "Concerto para bandolim e cordas", composto por Radamés Gnattali e dedicado a Joel Nascimento.

No ano de 1987 lançou, somente no mercado japonês, o CD "Joel Nascimento" no qual interpretou "Caburoso" (Cabuloso - Jacob do Bandolim), "No meu tempo era assim" (Eduardo Souto), "Primavera"(Joel Nascimento), "Escovado" (Ernesto Nazareth), "Iara" (Anacleto de Medeiros), "Coralina" (Alberto Pimental), "É do que há" (Luis Americano), "No coreto" (Pedro Amorim), "Nuvem que passou" (Mitsuru Inque), "Treme-treme" (Jacob do Bandolim), "Pardal embriagado"
 (Patrocínio Gomes), "revendo o passado" (Freire Júnior) e "Na minha vida", de autoria de Mitsuru Inque, músico cavaquinista que atuou no disco, assim como Luiz Otávio Braga (violão de 7 cordas e arranjos), Rafael Rabelo (violão de 7 cordas), Maurício Carrilho (violão de 6 cordas), Paulo Sérgio Santos (clarinete) e Beto Cazes na percussão. Tempos depois o disco seria lançado no Brasil pela gravadora Kuarup.

Joel Nascimento - Murmurando (1987)

Fundou, ao longo de sua carreira, vários grupos de choro, entre os quais Sexteto Brasileiro, integrado por Paulo Sérgio santos (sax soprano e clarinete), Maurício Carrilho (violão de seis cordas), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), João Lyra (viola de 10 cordas), Beto Cazes (percussão) e Henrique Cazes (cavaquinho), grupo que o acompanhou em duas turnês pelos EUA nos anos de 1988 e 1989.

Em 1989 ganhou o troféu "Projeto Brahma Extra - O Som do Meio - Dia - Grandes Músicos de 1989" (Pela inestimável Contribuição à Cultura Musical Brasileira).

Neste mesmo ano lançou "Joel Nascimento and the Brazilian Sextet - Live!", gravado e lançado nos Estados Unidos, disco no qual foram incluídas as composições "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Um a zero" (Pixinguinha), "Os Oito Batutas" (Pixinguinha), "Reisado" (João Lyra, Maurício Carrilho e Adelmo Arco-Verde), "Vibrações" (Jacob do Bandolim), "Espinha de bacalhau" (Severino Araújo), "Mulher rendeira" (Zé do Norte), "Chorinho pra você" (Severino Araújo), "Choros nº 6" (Heitor Villa-Lobos), "Pedra terra" (João Lyra e Newton Rangel), "Suíte Retrato - 2º movimento" (Radamés Gnattali), "Chorinho pra ele" (Hermeto Pascoal) e "Jacaré de saiote", de Silva Torres.

No ano de 1995 pela gravadora Kuarup o disco "Joel Nascimento" editado no Japão, foi relançado com o título de "Chorando de verdade", mantendo o mesmo repertório.

Ministrou os Cursos de Extensão Universitária – Prática de Conjunto e Bandolim - da Oficina de Música de Curitiba, nos anos de 1995, 1996, 1998, 1999 e 2004.

Participou do XIX Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (1997) e do Festival de Londrina, como professor do Curso de Bandolim e Oficina de Choro de 1996 a 2007.

Em 1998 lançou, pela gravadora Kuarup, o CD "Joel Nascimento & Sexteto Brasileiro". As músicas do disco foram gravadas ao vivo em uma turnê do grupo anos antes (1989) e em apresentações feitas no Moore Theater (Seattle) e na St. Francis Church (Santa Fé) no "Santa Fé Chamber Music Festival".

No CD foram incluídas as composições "Shotisch" (Radamés Gnattali), "Embolada" (Heitor Villa-Lobos), "Saudade eterna" (Santos Coelho), "Mulher rendeira" (Zé do Norte), "O trenzinho do caipira" (Heitor Villa-Lobos), "Batuque" (Ernesto Nazareth), "Choro - tocata" (Radamés Gnattali), "Choros nº 6" (Heitor Villa-Lobos) e "Modulando", de Rubens Leal Brito.

Neste mesmo ano de 1998 prestou homenagem a Jacob do Bandolim lançando o disco "Relendo Jacob do Bandolim", no qual interpretou clássicos como "Noites cariocas", "Mimosa", "Reminiscências", "Bole-bole", "Doce de coco", "Salões imperiais", "Remelexo", "Dolente", "Alvorada", "Vibrações", "Diabinho maluco", "Cristal", "La duchesse" e "Feia", todas de autoria de Jacob do Bandolim.

Em 2000 foi homenageado com o troféu da 8ª oficina de música popular brasileira da Fundação Cultural de Curitiba.

No ano de 2001, em parceria com a pianista Luciana Gastaldi, lançou o CD "Joel Nascimento - Suas composições para piano - Seu bandolim". O disco contou também com a participação especial da flautista Rosana Moraes e foi patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Londrina, trabalho no qual foram incluídas suas composições para piano "Meu sonho", "Congada do sino", "Caminhos", "Reminiscência - três movimentos: Garoto peralta, Visões e Liberdade", "Opus 3", "Variações I e II", "Opus 2", "Cantilena", "Opus 1" e "à Flauta", todas de autoria de Joel Nascimento.

Também foram interpretadas as composições "Despertar da montanha" (Eduardo Solto e Francisco Pimentel), "Terna saudade" (Anacleto de Medeiros), "Suíte retrato - 2º movimento - Ernesto Nazareth"
Radamés Gnattali) e "Suíte retrato - 3º movimento - Anacleto de Medeiros", ambas transcritas para piano por Joel Nascimento.

No ano de 2002, ao lado de Paulo Moura e Odete Ernest Dias, foi um dos homenageados do evento "Choro no Sesc", produzido por Marcos Souza.

Em 2005, ministrou o Curso de Bandolim e Oficina de Choro no I Festival Internacional de Inverno de Brasília - FIIB.

Sobre Joel Nascimento declarou o maestro Radamés Gnattali:"Joel Nascimento toca colorido enquanto os outros tocam em preto e branco". Radamés Gnattali lhe dedicou um concerto para bandolim e orquestra, o qual Joel gravou com a orquestra de Câmera de Blumenau, um trio para bandolim e dois violões e dedicando-lhe a nova versão da "Suíte retratos".

Joel Nascimento foi quem deu a ideia ao então prefeito Jaime Lener para a fundação da Escola de Música Popular Brasileira de Curitiba.

No ano de 2006, com o grupo Quatro a Zero, fez diversos show dentro do projeto "Circuito Instrumental Universitário", que passou por 15 universidades públicas do Brasil, com o apoio do Ministério da Cultura e da Petrobras.

Em 2007 completou 70 anos em show comemorativo no Centro Cultural Carioca. Com direção artística do cavaquinista Sérgio Prata, recebeu no show vários artistas e amigos, entre eles Henrique Cazes, Hamilton de Hollanda, Beth Carvalho, Água de Moringa, Sérgio Cabral, Rogério Caetano e Luiz Otávio Braga, entre outros.

Em 2008 em parceria com a pianista Fernanda Canaud lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o CD "Valsas brasileira - Fernanda Canaud e Joel Nascimento", disco no qual interpretaram "Farrula" (Anacleto de Medeiros), "Valsa de esquina" (Francisco Mignone), "Sorrir dormindo" (Juca Kalut), "Valsa da dor" (Villa-Lobos), "Suíte retrato - 2º movimento Ernesto Nazareth" (Radamés Gnattali), "Coração que sente"
(Ernesto Nazareth), "Helena" (Mário Álvares), "Pássara" (Francis Hime e Chico Buarque), "Sentimento oculto" (Pixinguinha), "Valsa capricho" (Barrozo Neto), "Sinuosa" (Maurício Carrilho) e "Revendo o passado", de Freire Júnior.



No ano de 2009 no CD "De bandolim a bandolim - Hamilton de Holanda e Joel Nascimento", foram incluídas "Tu passaste por este jardim" (Alfredo Dutra e Catulo da Paixão Cearense), "Gotas de ouro"
(Ernesto Nazareth), "Os cinco companheiros" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Falta-me você" (Jacob do Bandolim), "Por una cabeza" (Carlos Gardel e Alfredo La Pera), "Concerto para bandolim e orquestra - 2º movimento" (Radamés Gnattali), "Chorale prelúdio adágio" (J. S. Bach e Busoni), "Concerto para 2 bandolins em G - 2º movimento" (Vivaldi), "Sonatina em C menor" (Beethoven) e "O bom filho à casa torna", de Bonfiglio de Oliveira.

Neste mesmo ano de 2009, como mestre de cerimônias e principal solista, apresentou o evento "Sabatina da Pedra - Chorando com Joel", inaugurando o Salão de Música do Instituto Cultural Cravo Albin, com capacidade para 100 pessoas.

O evento recebeu em suas edições diversos convidados, tais como Jayme Vignoli, Henrique Cazes, Zé Menezes, Josimar Carneiro, Dirceu Leite e Rui Alvin, para os quais foram entregues os diplomas "Ernesto Nazareth". Organizado pelo Instituto Cultural Cravo Albin (em parceria com a FUNJOR - Fundação José Ricardo). A roda de choro era apresentada na sede do ICCA sempre no último sábado de cada mês.

Como solista convidado participou dos discos "Antologia do chorinho" (Altamiro Carrilho - Philips/
1975), "Abel Ferreira e filhos" (Abel Ferreira -Gravadora Marcus Pereira/1977), "Chorando baixinho"
(vários – Kuarup/1978), "Bonfiglio de Oliveira" (Copinha - Museu da Imagem do Som/1979), "Elizethíssima" (Elizeth Cardoso - Som Livre/1981), "Aquarelas do Brasil" (Sebastião Tapajós - Gravadora Tropical Music-Alemanha/1983), "Radamés Gnattali" (Arthur Moreira Lima - Varig/1989), "Noites cariocas” (Vários - Kuarup/1987), "Paulo Moura e os Batutas" (Paulo Moura - Gravadora Velas/1996), “Sempre Pixinguinha – 100 Anos” (Vários – Kuarup/1997), "Alfredo da Rocha Viana Filho - Pixinguinha" (Vários – Selo Sarau/1997), “Choro – Do quintal ao Municipal” (vários – Kuarup/1998), "Bambas do bandolim" (vários - Kuarup/1999), “Vila por chorões” (vários – Kuarup/2002), "Zé da Velha e Silvério Pontes" (Biscoito Fino/2006), "Chora Cartola" (vários- Deck Disck/2006), "Sabe você" (Léo Gandelman e convidados - EMI/2008) e “Água de Moringa – Obrigado Joel” (Água de Moringa – Independente/2010).

Atuou em diversos discos de vários artistas, entre os quais Oswaldo Montenegro "Os bandolins"; Chico Buarque "Meus caros amigos"; Paulinho da Viola "Paulinho da Viola", Clara Nunes "Canto das três raças" e "Claridade"; João Nogueira "E lá vou eu", "João Nogueira" e "Vem quem tem"; Beth Carvalho "Mundo melhor"; Nélson Gonçalves "Nélson Gonçalves; Nara Leão “Meu samba encabulado”; Maria Creuza "Maria Creuza"; Roberto Ribeiro "Fala meu povo"; Nadinho da Ilha "Nadinho da Ilha" e Paulo Moura "Mistura e manda".

Em cinema participou da trilha sonora do filme "Se segura, malandro" (1977), dirigido por Hugo Carvana, na qual interpretou "Ecos", de sua autoria e em 1978 atuou como solista na composição "Pedacinhos do céu" (Waldir Azevedo) incluída no filme "Chuvas de verão", dirigido por Cacá Diegues.

Em 2005 participou, executando "Ecos", do documentário "Brasileirinho", do cineasta finlandês Mika Kaurismaki. Sua composição "Ecos" foi incluída na trilha sonora da novela "Na sombra dos laranjais", da TV Globo, em 1976.

Apresentou-se nas principais salas de concertos do país e dividiu o palco com o guitarrista Paulo Moura, Egberto Gismonti e o pianista Artur Moreira Lima. Tocou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra do Teatro Municipal, Orquestra Petrobras, Orquestra de Câmera de Blumenau, Orquestra Unissinus, Orquestra do Conservatório de Curitiba, Orquestra Opus Rio, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Orquestra de Cordas de Santo Antonio, nos Estados Unidos.

Apresentou-se com Paulinho da Viola no "Festival de Montreux" (Suíça) e ainda no "Festival da Córsega" (França), do qual participaram Paco De Lucia, Michel Legrand e o violinista Stéphane Grappelli.



Em 2010 foi convidado a ministrar a aula inaugural do Curso de Bacharelado em Bandolim da Escola de Música da U.F.R.J.

OBRAS:

À flauta (para flauta e piano)
Bongô (para piano - inédita)
Caminhos (para piano)
Cantilena (para piano)
Congada do sino (para bandolim e piano)
Contrastes (para piano)
Divagar (para piano inédita)
Divina presença (para Orquestra de Câmara - inédita)
Ecos
Ecos (letrada por Paulo César Pinheiro) Inédita
Meu sonho (para bandolim e piano)
Miudinha (para piano - inédita)
Momentos - Estudo / Lamento /Dança (para piano - inédita)
Não sei porquê
O bufo (Vamos dar o fora) (para piano)
O pássaro (para bandolim e piano)
Opus I (para piano)
Opus II (para piano)
Opus III (para piano)
Pássaro (para bandolim e piano - inédita)
Peneirando
Primavera
Reminiscência (três movimentos: Garoto peralta, Visões e Liberdade - para piano)
Saudades do mano
Silhueta (para piano)
Sirimbiga (inédita)
Somente saudade
Sorriso de Cristina
Um passeio à infância ((para piano - inédita)
Uma canção ((para piano - inédita)
Variações (I e II) (para piano)



DISCOGRAFIA:

1974: A música de Donga; (participação); Discos Marcus Pereira; LP
1976:Chorando pelos dedos; EMI/Odeon;LP
1977:Choro na praça;(c/ Waldir Azevedo, Paulo Moura, Abel Ferreira, Zé da Velha e Copinha);WEA;LP
1977:O fino da música (solista do grupo A Fina Flor do Samba);RCA;LP
1978:O pássaro; Selo Coronado/Emi-Odeon;LP
1978:Meu sonho;;EMI/Odeon;LP
1978:Chorando baixinho (c/ Arthur Moreira Lima, Abel Ferreira, Zé da Velha, Época de Ouro) Kuarup LP
1980:Tributo a Jacob do Bandolim;WEA;LP
1982:Vivaldi & Pixinguinha;(c/ Camerata Carioca);Selo Funarte;LP
1983:Tocar;(c/ Camerata Carioca);Philips;LP
1985:As rosas não falam (reedição de Chorando pelos dedos) EMI/Odeon LP
1986:Radamés Gnattali - 80 Anos de Música Brasileira - Waldemar Henrique Selo Basf LP
1987:Joel Nascimento;(Japão);CD
1989:Joel Nascimento and the Brazilian Sextet - Live!;(E.U.A);CD
1995:Chorando de verdade;Kuarup;CD
1998:Joel Nascimento & Sexteto Brasileiro; Kuarup;CD
1998:Relendo Jacob do Bandolim;RGE;CD
2001:Joel Nascimento - Suas composições para piano - Seu bandolim (com Luciana Gastaldi) Independente CD
2008:Valsas brasileira - Fernanda Canaud e Joel Nascimento - Biscoito Fino CD
2009:De bandolim a bandolim - Hamilton de Holanda e Joel Nascimento - Selo Brasilianos CD



SHOWS:

1976: Lançamento do disco Chorando pelos dedos. Bar Suvaco de Cobra, RJ.
1977: Show Choro na praça (vários - Direção de Albino Pinheiro). Teatro João Caetano. RJ.
1979: Joel Nascimento, Radamés Gnattali e conjunto -Tributo a Jacob do Bandolim. Curitiba, São Paulo e Brasília.
1980: Show Vivaldi & Pixinguinha (integrando o Camerata Carioca). Auditório Bento Munhoz da Rocha - Teatro Guaíra. Curitiba, PR.
1982: Joel Nascimento. Lincoln Center-Alice Fully Hall, Nova York, EUA.
1983: Concerto em homenagem a Radamés Gnattali por ocasião da entrega ao maestro do Prêmio Sharp na categoria Música Erudita. Teatro Municipal do Rio de Janeiro. RJ.
1983: Joel Nascimento e Sebastião Tapajós. Excursão à Alemanha.
1989: Apresentação da Suíte retratos (c/ Orquestra de Santo Antonio) EUA.
1989: Joel Nascimento and The Brazilian Sextet. "Santa Fé Chamber Music Festival". USA.
1994 Festival da Heineken (com Egberto Gismonti e John Mac Loughlin).
2005: Evento Na Cadência do Choro. Circo Voador, RJ.
2006: Joel Nascimento e grupo Quatro a Zero. Projeto "Circuito Instrumental Universitário".
2007: Joel Nascimento - 70 anos. Vários convidados. Centro Cultural Carioca, RJ.
2009: Sabatina da Pedra - Chorando com Joel. Instituto Cultural Cravo Albin, RJ.

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

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AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
BARBOSA, Valdinha e DEVOS, Anne Marie. Radamés Gnattali - O eterno experimentador. Rio de Janeiro: Funarte, 1985.
CABRAL, Sérgio. A música de Guinga. Rio de Janeiro: Griphus Editora, 2003.
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CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.
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MACHADO, Afonso. Método do Bandolim Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Lumiar, 2004.
MAIR, Marilynn. The Complete Mandolinist - A comprehensive Metyhod, U.S.A: Mel Bay Publications, 2008.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
MARTINEZ, Rosalia. Le Choro Instrumentale Bresiliense. Paris: Universite de Paris VIII - Departement de Musicologie, 1998.
PAZ, Ermelinda A. Jacob do Bandolim. Rio de Janeiro: Editora Funarte, 1997.

Ecos (Joel Nascimento) - Água de Moringa
(Show do Água de Moringa no Instrumental Finep, lançando o CD "Obrigado Joel", dedicado à obra do bandolinista Joel Nascimento. Rui Alvim (clarinete e clarone), Marcílio Lopes (bandolim e violão tenor), Jayme Vignoli (cavaquinho), Luiz Flavio Alcofra (violão), Josimar Carneiro (violão de sete cordas) e André Boxexa (bateria e percussão).
FONTE

samba-choro

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