terça-feira, 17 de maio de 2011

Daniel Murray


Nascido em 1981, Daniel Murray começou seus estudos musicais aos 6 anos de idade. Com 13 anos, incentivado pelo violonista José Murray, dedicou-se mais intensamente ao estudo do violão, vindo a ter aulas do instrumento com Floriano Rosalino, Celso Brescia (na Cia das Cordas), Edelton Gloeden, Paulo Porto Alegre... Desde então, vem se apresentando como solista e camerista, em espaços como Centro Cultural São Paulo, Teatro Municipal-SP, MASP...


Aos 15 anos, classificou-se em segundo lugar no Concours Internacional de Guitarre de Trédrez-Locquemeau (França), vindo a estudar com Alberto Ponce, por um mês, em La Coûme nos Pirineus. Desde então estudou alaúde com Silvana Scarinci e Carin Zwiling.

Com 17 anos, ingressa na FASM-Faculdade Santa Marcelina, estudando musica contemporânea com os professores Silvio Ferraz e Flo Menezes, tendo continuado com esse último seus estudos de análise musical, após concluir o curso de graduação.

Em 2001 começou a dedicar-se também à composição, estudando com João Carlos Assis Brasil.

Em 2002 formou um Duo com Paulo Porto Alegre, seu professor, dedicado à interpretação do repertório moderno e de vanguarda para dois violões.

Em junho de 2003 deu um recital solo, em Nantes-França, de musica popular brasileira e musica contemporânea, incluindo algumas de suas composições. Participou como bolsista do XXXIV Festival de Campos do Jordão. Em agosto tocou no Festival Musica Nova, e em setembro e outubro na França, em Lannion e em Paris (Embaixada do Brasil e na Maison de l'Amérique Latine).

Em 2004, participou como intérprete e compositor na criação do espetáculo de dança-teatro Me Gusta Neruda, junto ao clarinetista Gustavo Barbosa Lima e aos bailarinos Juan Castiglioni e Marisa Magalhães.

Apresentou-se no projeto Cenapoética, com o poeta francês Yvon Le Men em vários lugares em São Paulo, e no Festival Étonnants Romantiques em Combourg, na França. Tocou em Paris na Fête de la Musique (Embaixada do Brasil). Participou da BIMESP-Bienal de Música Eletroacústica de São Paulo.

Atualmente leciona violão erudito na Cia das Cordas. Faz parte do Trio Opus 12, trio de violões, com Paulo Porto Alegre e Edelton Gloeden, e apresenta-se regularmente com Paulo Bellinati e Israel de Almeida . É violonista convidado do Núcleo Hespérides - Música das Américas, grupo composto pelos músicos Andréa Kaiser, Antonio Ribeiro, Rosana Civile, José Antonio Soares, Paulo Porto Alegre, Joaquim de Abreu, Rogério Wolf, Heloisa Petri, José Augusto Mannis e Celso Delneri, tendo se apresentado, entre outros lugares, na sala São Paulo.

Considerado um dos mais talentosos violonistas de sua geração, desenvolve uma ativa carreira como intérprete, arranjador e compositor. Apresenta-se como solista e em grupos de câmara no Brasil e no exterior ao lado de grandes músicos como: Paulo Bellinati, Israel de Almeida, Toninho Carrasqueira, Rogerio Wolf, Heloisa Petri, Andrea Kaiser, Joaquim de Abreu, entre outros célebres violonistas e músicos brasileiros.

Em 1997 conquistou o segundo prêmio no Councours International de Guitarre de Trédrez-Locquémeau na Bretanha-França, aos 15 anos de idade.

Em turnê pela Bretanha-França, apresentou-se nas cidades de Rennes, Nantes, Lannion, Paimpol, Pont l'Abée, St. Michel-en-Grève, Saint Quai Perros, Prat, com o Trio Kej e o violonista francês Roger Eon. Cursou o 17ème Stage International de Guitare (Fondation Krüger, Mas de la Coüme, Mosset, France) com o professor Alberto Ponce.

Gravou com o Trio Opus 12 de violões (Paulo Porto Alegre, Daniel Murray e Edelton Gloeden) a Suite Retratos de Radamés Gnatalli, em arranjo do próprio Radamés a eles dedicado.


Lançou seu primeiro CD solo “...universos sonoros para violão e tape...”, com o patrocínio da Petrobrás, retratando o ambiente da música erudita contemporânea brasileira estreando várias obras e a ele dedicadas.

Integra, desde 2009, o Quarteto Tau de violões junto a Breno Chaves, José Henrique de Campos e Fabio Bartoloni, e formou junto ao violonista e compositor Chico Saraiva o Duo Saraiva-Murray, com quem acaba de fazer concertos pela Europa (Paris, Londres e Portugal).

Em 2011 realiza pelo ProAc uma tourneé paulista de seu segundo trabalho solo "Tom Jobim para violão solo" (Delira Música). Realiza também uma tourneé nacional junto ao "Trio Universos", formado por Giuliana Audra (flauta) e Sergio Kafejian (eletronica em tempo real) através do Programa Petrobrás Cultural.

O CD Tom Jobim para violão solo é ao mesmo tempo simples, delicado e pujante, em digna homenagem à obra de Antônio Carlos Jobim.

Murray mescla composições mais consagradas de Tom, algumas gravadas por um número sem fim de intérpretes dos mais variados estilos, com peças que o grande público pouco conhece. O resultado dessa combinação é uma colcha de retalhos sonora, na qual a técnica inspirada do violonista é a linha que une as múltiplas facetas da obra do maestro.

Uma das redescobertas de Daniel Murray é Chora coração, contribuição de Tom e Vinicius de Moraes para a trilha sonora de Crônica da casa assassinada, filme de Paulo César Saraceni, de 1971. A interpretação do violonista é de uma simplicidade espartana, o que só realça a beleza da peça.

Na mesma linha, o álbum nos brinda com Bate-boca (parceria com Chico Buarque), Antigua, tema instrumental de 1967, Garoto, Chanson pour Michelle e Tema para Ana, uma bem-humorada declaração de amor para Ana Jobim, viúva de Tom. Em todas, o músico faz uma leitura que realça as nuances, mas sem se deixar levar por arroubos de virtuosismo.

Mesmo ao interpretar músicas mais famosas do repertório jobiniano, Murray foge do lugar-comum e passa ao largo de composições revisitadas à exaustão. É uma escolha particular e extremamente bem-sucedida do intérprete, que desfila com sobriedade e elegância por Imagina (Valsa sentimental), Eu preciso de você, Por toda minha vida, Estrada branca, Eu te amo, A felicidade, Luíza e Gabriela.


O traço comum a todas essas faixas é o despojamento de Daniel Murray, músico e compositor com formação erudita e contemporânea, reconhecido internacionalmente como solista e integrante de grupos de câmara. Ao optar por arranjos limpos, sem invencionices, o violonista consegue o feito duplo de realçar a amplitude de seu talento como intérprete e deixar fluir a riqueza harmônica e musical de Tom Jobim.

FONTE

PERNAMBUCO

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