terça-feira, 15 de março de 2011

Nelson Cavaquinho


Nelson completaria 100 anos de vida em 2011 - Para marcar a data, a gravadora EMI lança o CD duplo Nelson Cavaquinho – Degraus da vida. Idealizado e produzido pelo jornalista e pesquisador musical Rodrigo Faour, o álbum traz 28 sambas do compositor nas vozes de diversos intérpretes, como Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Nora Ney, Elza Soares, Emílio Santiago, entre outros.

As faixas foram divididas em 'Sambas consagrados'(Folhas secas, Minha festa, Juízo Final, Palhaço, A flor e o espinho) e 'Sambas guardados ' (Tenha paciência, Caridade, Deus não me esqueceu, Cigarro, Sinal de paz). “Descobri músicas maravilhosas, muitas delas pouco conhecidas. A música brasileira é um baú sem fundo”, diz Faour...



Carioca de São Cristóvão, o imperial bairro de rica musicalidade, Nelson começou tocando cavaquinho (daí o apelido) na adolescência e, como o pai era contramestre da banda da Polícia Militar, acabou por se tornar soldado em 1930.

Nelson Cavaquinho casou, descasou, trocou de mulher e de instrumento, passando para o violão e criando sua maneira personalíssima de tocar. Já boêmio da mais fina extração, freqüentava os redutos de samba, principalmente na Mangueira, onde se fez amigo de Cartola, Carlos Cachaça, Zé da Zilda e outros compositores, iniciando-se na arte de criar sambas...

BIO

Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1911— Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.



Seu envolvimento com a música inicia-se na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanhou por toda a vida.

Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teve quatro filhos. Na mesma época consegue, com indicação de seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.

Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos como: "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente "vendia" parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.

Sua primeira canção gravada foi "Não Faça Vontade a Ela", em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Cyro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas.

Nelson Cavaquinho começou a se apresentar em público apenas em 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio.

Em 1970, Nelson Cavaquinho lançou seu primeiro LP, "Depoimento de Poeta", pela gravadora Castelinho.

Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em "Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Luto", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".

Com mais de 50 anos de idade, conheceu Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Nelson Cavaquinho morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.

No carnaval de 2011 a escola de samba G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira homenageou Nelson Cavaquinho pelo seu centenário. "O Filho Fiel, Sempre Mangueira" é o nome do enredo que a agremiação levará para a avenida. O músico era torcedor da escola de samba carioca.



FONTE

Wikipédia

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