sexta-feira, 25 de março de 2011

Morgana


Isolda Corrêa Dias - 02/08/1934, - São Paulo SP, 04/01/2000 - filha de Geraldo Corrêa Dias e Maria Helena Franco Dias, conhecida com o nome artístico de Morgana e também era chamada de "A Fada Loira". Morgana cantava em várias línguas e era considerada por muitos como uma das melhores cantora brasileira.

Seus principais sucessos foram: Arrependida e Serenata do adeus, ambas de 1958, Canção da tristeza, Conselho, Este seu olhar, estas de 1959, Hino ao amor, de 1960, Não pense em mim, de 1967, e E a vida continua, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Seus principais discos são: Esta é Morgana (1959) e Morgana (1960).

Serenata do adeus

Morgana ganhou muitos troféus: um " Roquete Pinto", das Emissoras Unidas; "8 Discos de Ouro", do Programa: "Astros do Disco"; o "Troféu Chico Viola"; "Os Melhores da Semana"; "Discos de Ouro", no Rio de Janeiro; "Troféu Imprensa"; "Troféu Tupiniquim"; e tantos outros, tanto em São Paulo, como no Rio e outras capitais brasileiras.


Morgana estudou no Colégio Alfredo de Gusmão e depois fez curso de balê, na Escola de Bailado da Prefeitura de São Paulo. Estudou canto e piano no Colégio Cristovão Colombo. Continuou os estudos com o maestro Tobias Perfetti e com Zaira Bianchi. Estudou ainda italiano, inglês, francês e castelhano.

Começou sua carreira como cantora lírica, no qual obteve êxito durante sete anos. Em 1958 passou a se dedicar à música popular, adotando o nome Morgana Cintra.

Contratada pela gravadora Copacabana estreou em discos ainda em 1958, quando gravou com o acompanhamento do conjunto de Severino Filho a "Serenata do adeus", de Vinícius de Moraes, em gravação que logo obteve grande sucesso. No lado B desse disco gravou com Booker Pittman, pai da cantora Eliana Pittman, o fox "Let's fall in love", de Arlen e Kehler.

Conselho

No mesmo ano, gravou o samba "Conselho", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, e o samba-canção "Era uma vez", de Lina Pesce.

Obteve imediatamente grande sucesso com a primeira gravação: Serenata do adeus, que tornou-se bastante conhecida através de sua gravação. Logo após gravou Mais brilho nas estrelas, que também teve grande aceitação pelo público, bem como o recente sucesso de Edith Piaf, em versão de Odair Marzano, Hino ao amor. Morgana também gravou "O Hino do IV Centenário", de Mário Zan.

Hino ao amor

Em 1958, Morgana recebeu o Troféu Imprensa como melhor cantora, e lançou com a orquestra de Osmar Milani o LP "Esta é Morgana", no qual interpretou as composições: "Serenata do adeus", de Vinicius de Moraes; "Era uma vez", de Lina Pesce; "Sombras entres nós", de Hervé Cordovil e René Cordovil; "Dois orgulhosos", de Antônio Bruno; "Conselho", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme; "Mais brilho nas estrelas", de Aloísio Figueiredo e Nelson Figueiredo; "Porque tu me feres", de Gordurinha, e "Amar ou não amar", de Antônio Bruno e Amauri Medeiros.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral_em_Concordata
Em 1959, já com o nome artístico abreviado para apenas Morgana, gravou o samba-canção "Mais brilho nas estrelas", de Aloysio Figueiredo e Nelson Figueiredo, com acompanhamento da orquestra de Osmar Milani, música que ela interpretaria no filme "Moral em concordata" uma comédia com direção e argumento de Fernando de Barros. No lado B desse disco gravou a toada "Bentevi", de Miranda e Maio, com acompanhamento da orquestra de Marin Pereira.


Ainda em 1959, Morgana fez sucesso com a gravação de "Hymne a l'amour", de Edith Piaf e Monnot, em versão de Odair Marzano, em disco que trazia no lado B a seresta "Choro por você", de Heitor Carrilho e Betinho. Nesse mesmo período participou do LP "A música de Dolores" uma homenagem a Dolores Duran, falecida naquele ano, interpretando a "Canção da tristeza".



Em 1960, lançou seu terceiro LP interpretando as músicas "Tome continha de você", de Édson Borges e Dolores Duran; "Encontrei o amor", de Fernando César e Roberto Mário; "A rosa (Canção da rosa que eu te dou)", de Édson Borges; "Carinho e amor", de Tito Madi; "Leva-me contigo", de Dolores Duran; "Sonata sem luar" e “Elegia ao violão", de Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho; "Menina moça", de Luis Antônio; "Falar por falar", de Fernando César; "Segredo para dois", de Fernando César e Ted Moreno; "Só falta aqui você", de Édson Borges e Sandra Alves, e "A flor", de Vera Brasil e De Rosa.


Em 1961, lançou o LP "Morgana, A fada loura" que consolidaria definitivamente sua carreira, disco no qual cantou as músicas: "Não sei explicar", de F. Jay e A. Harris, em versão de Teixeira Filho; "Cantando baixinho", de Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho; "Manhã à toa", de Ciloca Madeira e Regina Guerreiro; "Tarde outonal", de Hector Lagna Fietta e Ribeiro Filho; "Até sempre (Hasta siempre)", de Mário Clavell, e versão de Teixeira Filho; "Volte pra mim (Come back to me)", de Roy Orbison e J. Nelson, e versão de Ciro Cruz e Marco Antônio Brandão; "Canta pra mim", de Lina Pesce; "Amare (Essere amati)", de D. Vignali e Danpa, e versão de Ramalho Neto; "Teleco-teco Nº 3", de Ciloca Madeira e Regina Guerreiro; "Fica ou vai", de Inara Simões de Irajá; "A distância não vai alterar", de H. Hilm, V. Aleda e P. Kreuder, e versão de Teixeira Filho, e "Arrependida", de J. C. Villafuerte, e versão de Sebastião Ferreira.

Para o natal de 1962, Morgana gravou em dueto com o cantor Moacyr Franco a canção "Natal de felicidade", de Moacyr Franco e Wilton Franco.

No mesmo ano, Morgana lançou o LP "Fuga com Morgana" no qual cantou as músicas "Fuga", de Renato de Oliveira e Nazareno de Brito; "Areia branca", de Jorge Smera e Othon Russo; "Cravo vermelho", de Pernambuco e Sergio Malta; "A volta", de Ted Moreno e Fernando César; "Primeira estrela que vejo", de Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho; "Caminho perdido", de Luis Antônio; "Maldito", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim; "Maldade", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme; "Ninguém no mundo (Nessuno al mondo)", de A. Crafer e J. Nebb, e versão de Wilma Valéria; "Quero paz", de Ricardo Galeno e Cirene Mendonça; "Que tristeza é essa", de Silvio César, e "Para que me enganar", de Romeo Nunes e Édson França.

Em 1963, lançou o LP "A romântica Morgana" com um repertório eminentemente romântico com as músicas: "Nem Deus", de João Roberto Kelly; "Espero por ti meu amor", uma versão de Claribalte Passos para "Da un giorno al altro", de F. de Paolis, Galotti e Medini, "Confessa agora", de Alcyr Pires Vermelho e Hagá Faria; "Meu grande amor", de Antônio Bruno; "Adeus à solidão", de Dalton Vogeler; "Quatro letras", de Vera Brasil e Sivan Castelo Neto; "Vê lembra e pensa", de Nazareno de Brito e Adolfo Maclerevsky; "Tema do amor triste", de Rildo Hora e Clóvis Mello; "Tu", de Ed Lincoln e Silvio César; "Canção do amor perdido", de Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho; "Mágoa", de Hervé Cordovil e Julio Atlas, e "Tristeza triste", de Jorge Smera e Paulo Gesta.


Nesse ano, sua interpretação para o bolero "Maldito", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, foi incluída no LP "14 maiorais Nº 2" da gravadora Copacabana incluindo sucessos daquele momento. Também nesse mesmo ano participou da coletânea "5 estrelas interpretam a Bossa Nova - Elizeth Cardoso, Marisa, Carminha Mascarenhas, Morgana e Lucienne Franco" da gravadora Copacabana que demonstra o prestígio que tinha na época. Nesse LP interpretou as canções "A flor", de Vera Brasil e De Rosa, e "Cravo vermelho", de Pernambuco e Sergio Malta.


Em 1964, participou da coletânea "Tudo de mim - Poemas e canções de Jair Amorim" que a gravadora Copacabana lançou homenageando o compositor Jair Amorim. Nesse disco interpretou o bolero "Maldito". No mesmo ano, sua interpretação para o bolero "Deixa pra lá", de Nóbrega e Souza e Jerônimo Bragança, foi incluída no LP "As 14 maiorais em boleros" da gravadora Copacabana.


Em 1965, gravou o LP "Morgana, Morgana, Morgana" que teve como destaque o bolero "Amor eterno", de Alfredo Borba e Edson Borges, que foi incluído também na coletânea "Sucessos VOL. 1" da gravadora Continental.

Morgana também atuou como cantora na TV. Sua canção mais famosa foi a música-tema da novela O Direito de Nascer, da extinta TV Tupi, em 1965, escrita por por Talma de Oliveira e Teixeira Filho, baseada no original cubano de Félix Caignet, com direção de Lima Duarte, José Parisi e Henrique Martins. Nessa época, Morgana era carinhosamente chamada de "Fada Loira".

Direito de Nascer
Amor, eterno amor
É o direito de viver
Amor, eterno amor
Direito de nascer
De amor meus sonhos fiz
Pra ser feliz, quanto sofri
É sempre o amor mais forte
Mais forte do que a morte
Viver, crescer, vencer
Direito de nascer!

Amor, eterno amor
Cheio de paz
Todo de Deus
Amor, eterno amor
Razão dos dias meus
Se a fé que trago em mim
Me faz assim
Não vou mudar
É sempre o amor mais forte
Mais forte do que a morte
Viver, crescer, vencer
Direito de nascer!

Em 1966, participou da coletânea "Lina Pesce - Seus grandes sucessos" com o qual a gravadora Copacabana homenageou a compositora Lina Pesce. Nesse disco foi incluída sua gravação para a música "Era uma vez".

Em 1967, duas gravações suas foram incluídas na coletânea "14 sucessos de ouro - Vol. 8" da RGE: "Não pense em mim" e ". Kilimandjaro".

No mesmo ano, participou da coletânea carnavalesca "Carnaval 68" do selo Som Maior interpretando a marcha "A História de um pierrot", de Celso Mendes.

Em 1968, participou do III Festival Internacional da canção popular defendendo a composição "Engano", de Renato de Oliveira e Fernando César, incluída no volume II dos discos do festival lançados pela Odeon.

Morgana foi casada com Amaury Garcia de Oliveira, que trabalhava no ramo de restaurantes. E eles tiveram um filho, de nome Amaury. Em 1973, no auge do sucesso no Brasil e no exterior, ela decidiu trocar a carreira de cantora por uma rede de pizzarias, em sociedade com o marido.


Em 1977, sua interpretação para a "Serenata do adeus", de Vinícius de Moraes, foi incluída no LP "As grandes cantoras da MPB" do selo Som/Copacabana. Essa mesma gravação seria incluída em 1980, no LP "Saudade & Fossa" do selo Seta.

Morgana faleceu aos 65 anos e foi sepultada no cemitério Quarta Parada, em São Paulo. (IstoÉ Gente - 17/01/2000). Gravou mais de vinte discos ao longo da carreira. Ficou conhecida nacionalmente como "A fada loura".

FONTE

Cifrantiga

Dicionário MPB

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