quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nelson Rufino


Nelson Rufino e Arlindo Cruz marcam o terceiro dia de shows da Casa do Samba

As apresentações de dois grandes nomes do samba, o baiano Nelson Rufino e o carioca Arlindo Cruz, são duas das atrações mais aguardadas do terceiro dia do Festival de Verão Salvador 2011 (Jan./2011).

Completando 47 anos de carreira em 2011 e participando do evento pela segunda vez, Rufino apresentará, além de grandes sucessos, como: “Uma Prova de Amor” e “Hoje Sei que te Amo”, canções do álbum “Tempo e Vida”, lançado em 2010.

Arlindo Cruz também repete sua participação no Festival e, com 30 anos de estrada, o carioca comemora o sucesso do DVD e CD duplo “Arlindo Cruz MTV Ao Vivo”, consagrando-se como um cantor que agrega outros estilos, como o hip hop, ao samba tradicional.

As composições de Nelson Rufino ficaram marcadas nas vozes de Jorge Aragão, Caetano Veloso, Nara Leão, dentre outros. Já Arlindo Cruz teve Zeca Pagodinho, Martinho da Vila e Alcione como principais parceiros ao longo da carreira.



BIO

Nelson Rufino, (Salvador, 12 de setembro de 1942) é um compositor brasileiro de sambas.

Mudou-se para o Rio de Janeiro ainda menino e passou a freqüentar os blocos carnavalescos. Ele tentou fazer careira como jogador, mas a saudade da mãe lhe rendeu sua primeira composição: "Bahia: meu primeiro travesseiro". E o futebol foi logo substituido pelo samba.

Nomes como Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Batatinha e Valmir Lima, que na década de 60 movimentaram o cenário do samba baiano exerceram grande influência na carreira de Nelson Fufino.

Compositor requintado, suas melodias têm a levada baiana e suas letras encampam o universo carioca. Ao lado de Ederaldo Gentil, Edil Pacheco, Tião Motorista e Batatinha, ele foi gravado por Roberto Ribeiro, Nara Leão, Zeca Pagodinho, Alcione, Elza Soares, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Neguinho da Beija Flor, entre outros.

Oriundo da Escola de Samba Filhos do Tororó, em 1965, compôs seu primeiro samba enredo "Portais da Bahia", com o qual a escola foi campeã.

Sua primeira música gravada foi "Alerta mocidade", por Eliana Pittman, em 1970. Um ano depois, ganhou o primeiro festival de samba do Bloco Apaches do Tororó, com o samba "Blusão do ano passado".

Em 1975, Alcione no LP "A voz do samba", gravou de sua autoria "Aruandê" (c/ Edil Pacheco). Ainda neste ano, Ederaldo Gentil no LP "Samba, canto livre de um povo", incluiu "Rose", parceria de ambos.

No ano seguinte Roberto Ribeiro gravou com grande sucesso "Tempo É" (c/ Zé Luiz) e regravou "Rose". Neste mesmo ano, no LP "Pequenino", Edraldo Gentil regravou "Rose".

Roberto Ribeiro, em 1977, gravou "Prece a Xangô" (c/ Zé Luiz), em seu LP "Poeira pura". Neste mesmo ano, Edil Pacheco interpretou no LP "Pedras afiadas", pela gravadora Polydor, "Pranto natural", parceria de ambos.

Em 1978, a música "Todo menino é um rei", em parceria com Zé Luiz, obteve sucesso na voz de Roberto Ribeiro.



Em 1981, Roberto Ribeiro gravou ainda "Passagem", no LP "Massa, raça e emoção". Em 1984 o mesmo cantor interpretou de sua autoria "Ciganinha" no disco "De Palmares ao tamborim".

Em 1987 Roberto Ribeiro, um de seus principais intérpretes, gravou "Fique".

Neste mesmo ano, no LP "Meu sorriso", de Neguinho da Beija-Flor interpretou "Nada mais" (Nelson Rufino e Orlando Rangel).

Em 1988, Elza Soares gravou "Doce acalanto" (Nelson Rufino e Noca da Portela), em seu disco "Voltei" e Zeca Pagodinho interpretou no LP "Jeito Moleque", uma composição de ambos, "Se tivesse dó".

Ainda neste ano Roberto Ribeiro interpretou de sua autoria "Devaneios e tramas" (c/ Roberto Ribeiro e Toninho Nascimento). No ano seguinte, Roberto Ribeiro gravou "Mel pra minha dor" (c/ Avelino Borges).



Em 1992, fez uma participação especial na faixa "Chora viola" (c/ Pery da Bahia), no disco "Mar de esperança", de Dominguinhos do Estácio, lançado pela gravadora RGE.

Dois anos depois, o Grupo Batacotô regravou em seu segundo disco "Semba dos ancestrais" a música "Nas águas de Amaralina" (c/ Martinho da Vila).

No ano seguinte, o Grupo Fundo de Quintal, no CD "Palco iluminado", interpretou de sua autoria "Por todos os santos", em parceria com Carlinhos Santana.

No ano de 1996 Zeca Pagodinho interpretou "Verdade" (c/ Carlinhos Santana) em seu disco "Deixa clarear", música muito executada nas emissoras de rádio e televisão de todo o país.

Em 1997, Martinho da Vila regravou "Nas águas de Amaralina", parceria de ambos. No ano seguinte, participou do CD "Diplomacia", de Batatinha. Neste disco, lançado pela EMI, interpretou ao lado de Batatinha, Edil Pacheco, Valmir Lima e Riachão, a faixa "De revólver não".

Jorge Aragão, em seu CD "Ao vivo", de 1999, gravou uma parceria de ambos, "Colcha de algodão". Neste mesmo ano, no disco "Pérolas finas", em homenagem a Ederaldo Gentil, foi incluída "Rose", parceria com Ederaldo Gentil.

No disco "Departamento do pagode", de Luizinho SP, lançado pela gravadora Velas, foi incluída de sua autoria "A mulher que eu gostei", em parceria com Marquinhos Satã.

No ano 2000, gravou um disco com vários sucessos seus e algumas músicas inéditas. Neste CD, contou com várias participações especiais, fazendo duetos com artistas como Alcione, em "Até a próxima estação"; Zeca Pagodinho, em "Marejou"; Jorge Aragão, em "Inusitada"; Grupo Katinguelê, em "Mel pra minha dor"; Martinho da Vila, em "Passagens"; João Nogueira, em "Todo menino é um rei" e "Dono da dor"; Emílio Santiago, em "Vazio" e Joanna, em "Crença da ilusão".

Ainda neste mesmo ano, a faixa "Verdade", produzida inicialmente por Rildo Hora para o disco "Casa de samba volume 3", da gravadora Universal, interpretada por Gil (da Banda Beijo) e Caetano Veloso, foi incluída no disco de Nélson Rufino e também no disco da Banda Beijo.

Em 2001, o grupo Da Melhor Qualidade interpretou de sua autoria "Mentira".

Suas músicas foram gravadas por Martinho da Vila, Toque de Prima, Nara Leão, Paul Mauriat e Roberto Ribeiro, seu principal intérprete.

No ano de 2002, no disco "Quando o samba é samba" (Abril Music) do grupo Da Melhor Qualidade, foi incluída uma composição de sua autoria: "Gota de esperança". Ainda neste mesmo ano de 2002, Marquinho Santanna regravou "Mel pra minha dor" (c/ Avelino Borges) no CD "Nosso Show".

Em 2003, Rufino lançou “Cadê Meu Amor”, apenas o quarto disco de sua carreira, que passa dos 30 anos, em mais de 60 de vida, que lhe valeu o prêmio de Destaque do Samba de 2003, concedido pelo programa Samba.Com, comandado pela sambista Dorinna.

Dividido entre o Rio de Janeiro e Salvador, há pouco tempo ele fez uma série de apresentações pelo circuito noturno carioca, começando pela Lapa. E ganhou também, no início de março, o prêmio de Destaque do Samba em 2003, entregue pelo programa “Samba.com”, da cantora Dorina. “Estou muito emocionado e feliz por estar aqui e conquistar mais essa vitória”, disse Nelson Rufino, na ocasião.


Em 2004 lançou o CD "Cadê meu amor" no qual incluiu "Deus manda" (c/ Jorge Aragão), "Orgasmo" (c/ Liete de Souza) e "Luandê" de Ederaldo Gentil e Capinam.

Em 2005, no CD "À vera", Zeca Pagodinho interpretou de sua autoria "Cadê meu amor". As músicas, segundo o cantor baiano, ainda têm cheiro de lápis e papel. “A escolha das músicas para este CD foi uma coisa altamente democrática. Tanto que meus filhos, minha mulher, meus amigos, meu diretor executivo puderam dar sugestões, desde que, claro, a música sugerida se enquadrasse com meu jeito de cantar”, conta o sambista.

O CD é o retrato do romantismo, falando de amor e de tudo que o envolve, como nas faixas Sedução, de Almir Guineto (com parceiros), e Orgasmo, uma parceria de Rufino com Liette de Souza. “O romantismo está presente em minha vida desde a adolescência. Quando me tornei compositor, o romantismo se transportou para meus versos. Mesmo que eu consiga compor o cotidiano, coloco uma pitada de amor”, explica Rufino, recordando que sempre observou suas amigas de infância, românticas por natureza.

Depois de quase 50 anos de carreira, ou melhor, de samba como ele mesmo define, Nelson lança seu mais novo trabalho, o CD “Tempo e vida”.  A música carro chefe que intitula o disco, composta pelo sambista é inspirada na sua própria trajetória.Esse novo disco além de contar com composições próprias e músicas de antigos parceiros será base para um projeto futuro na carreira do sambista.  Um DVD. Além de ser um sonho realizado na vida e na carreira de Nelson Rufino.

Em 2010, o projeto Cantando com os Compositores, contemplado no edital Tô no Pelô, foi realizado com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, da Secretaria de Cultura da Bahia em parceria com o Programa Pelourinho Cultural e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). A produção é de Deo Carvalho e da Balu’Art Produtora Cultural. (realizado na Praça Tereza Batista, Pelourinho).

O Projeto comandado por Juliana Ribeiro contou com a participação dos compositores Nelson Rufino e Reginaldo Souza, Roberto Mendes, Edil Pacheco, Mateus Aleluia e Walter Queiroz; além das cantoras Gal do Beco e a paulista Adriana Moreira, intérprete da obra de Batatinha.





FONTE

CLIQUEMUSIC
Festivaldeverão
dicionariompb

2 comentários:

CAVERNA VERDE disse...

Nelson Rufino esta na galeria dos poetas do samba! tanta emoção,tanto amor em suas música! é de destroçar até o marcapasso do meu coração ! Sérgio Cerqueira. São Luis MA

CAVERNA VERDE disse...

Muita sensibilidade para um ser humano só ! A verdade de Nelson Rufino ! é uma raridade !