quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Hamilton de Holanda


Hamilton é um músico contemporâneo que faz, sem exageros, apenas boa música. Um artista de imensa brasilidade que para defini-lo seria preciso adicionar, além do Choro, a fluência de um improvisador do jazz, a energia de um roqueiro, o swing de um sambista, a precisão de um músico erudito, o vocabulário da música brasileira e o inesperado toque do gênio.




Hamilton de Holanda é um bandolinista brasileiro. Nasceu no dia 30 de março de 1976 na cidade do Rio de Janeiro e se mudou em 1977 para Brasília com a família.

Começou a tocar aos 5 anos de idade e a se apresentar aos 6 anos de idade. Ficou em evidência na cena da música brasileira em 1995, quando foi considerado o melhor intérprete no II Festival de Choro do Rio de Janeiro, com “Destroçando a macaxeira”, que ficou em segundo lugar como composição.

Atualmente toca com o seu quinteto formado por André Vasconcellos, Daniel Santiago, Gabriel Grossi e Marcio Bahia. Com o irmão Fernando César formou o grupo Dois de Ouro e ao longo de sua carreira fez parceria com vários artistas renomados, como: com Altamiro Carrilho, Djavan, Hermeto Pascoal, Raphael Rabello, Zélia Duncan, Beth Carvalho, Seu Jorge, Cesaria Évora, Buena Vista Social Club, John Paul Jones do Led Zeppellin. Bacharel em composição pela UnB, já lecionou na Escola de Choro Raphael Rabello.



Influências Musicais

Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Armandinho Macedo, Joel Nascimento, João Gilberto, Keith Jarrett, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Chick Corea, Milton Nascimento, Pat Metheny, Baden Powell, Raphael Rabello.



Discografia
(1997) "Destroçando a macaxeira" - Dois de Ouro CD
(1998) "A nova cara do velho choro" - Dois de Ouro CD
(2000) "Luz das cordas - Marco Pereira e Hamilton de Holanda" - CD
(2000) "Dois de Ouro - Hamilton de Holanda e Fernando César" - CD
(2001) "Abre alas" - Caravelas CD
(2006) "Brasilianos" - Biscoito Fino - Hamilton de Holanda Quinteto
(2006) New Words / Novas palavras (Hamilton de Holanda e Mike Marshall) • Adventure Music • CD
(2007) Íntimo (Hamilton de Holanda) • Deckdisc • CD
(2007) Contínua amizade (André Mehmari e Hamilton de Holanda) • Deckdisk • CD
(2008) Brasilianos 2 (Hamilton de Holanda Quinteto) • Independente • CD
(2009) Yamandú Costa e Hamilton de Holanda (Hamilton de Holanda e Yamandú Costa) • Independente • CD



Como Hamilton afirma, "Moderno é Tradição". Apoiado pelo seu virtuosismo, transgride a modernidade dos recursos tecnológicos e a tradição dos seus precursores, pois a sua arte e seu espírito não estão sedimentados nem no passado, nem no futuro, mas sim na linha tênue do momento presente que o permite reinventar.

Nas palavras de Hermínio Bello de Carvalho, “Hamilton de Holanda tem a sensibilidade de Jacob do Bandolim somada à assombrosa técnica de Luperce Miranda”.

Hamilton, com todo orgulho, afirma que se fartou de beber do universo do Choro: “foi o Choro que me deu asas para fazer tudo o que quero”, diz. Tanto no gênero, como no instrumento típico, ele já imprimiu sua marca autoral, e os redefiniu. Na inquietação de poder tocar sozinho, seu bandolim passou a ter 10 cordas. E agora é um caminho sem volta.



O bandolinista Hamilton de Holanda e o pianista André Mehmari lançaram um disco em homenagem a dois dos maiores compositores do País: Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. O resultado do novo trabalho, chamado Gismontipascoal, é, portanto, a junção de 4 grandes talentos brasileiros.

Em 2007, o pianista niteroiense radicado em Mairiporã (SP) André Mehmari e o bandolinista carioca Hamilton de Holanda iniciaram uma parceria com o álbum Contínua Amizade. No belo registro, constava Baião Malandro, de Egberto Gismonti. Em seu novo trabalho, os dois talentosos músicos repassam temas do grande compositor fluminense que é Gismonti e de outro criador de igual quilate, o alagoano Hermeto Pascoal.

A entrosada dupla tanto se dedicou a reler joias desses mestres quanto elaborou três homenagens: a faixa-título, Chorinho pra Eles, de Mehmari, e Menino Hermeto, de Hamilton. Do repertório de Hermeto, pinçaram São Jorge, Intocável, Bebê, Santo Antônio, O Farol que Nos Guia e Música das Nuvens e do Chão. Já Egberto é representado por Frevo, Sete Anéis, Palhaço, Memória e Fado, A Fala da Paixão e Loro.



Orquestra sinfônica se une a Hamilton de Holanda para apresentação beneficente - Solidariedade: união em favor das vítimas das chuvas no Rio

Uma vez por mês, Hamilton de Holanda gosta de tirar do armário o livro de sonatas e partitas de Johann Sebastian Bach. Pratica e volta às origens da música ocidental, tudo com o bandolim. A afinação é a mesma do violino para o qual as peças foram escritas, há mais de 300 anos, e Hamilton aprecia o efeito.

A familiaridade do bandolinista com o universo erudito e a música de concerto rendeu alguns frutos e é para mostrá-los que ele sobe hoje ao palco da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional, para um concerto solidário com a sinfônica da casa.

A intenção é arrecadar fundos destinados às vítimas das enchentes no Rio de Janeiro. Será o primeiro concerto para o público da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), com o maestro Cláudio Cohen como regente titular.

No repertório, Hamilton incluiu Pros anjos e Flor da vida, composições próprias, além da Suíte retratos, de Radamés Gnattali. O compositor criou orquestração para que as duas peças, originalmente escritas para bandolim, pudessem ser acompanhadas pela orquestra.

A habilidade de Hamilton é sem limites. Ele inventou uma técnica com a qual consegue reproduzir toda a orquestra em seu bandolim de 10 cordas. “O instrumento vira uma mini-orquestra na minha mão”, brinca.

Transpor as notas para partituras que podem ser tocadas pelos 90 músicos da sinfônica foi trabalho natural. “É diferente porque é muito trabalho. As ideias estão na cabeça de qualquer maneira e ficam lá fritando. Na hora que escrevo para a orquestra, claro, o bandolim é solista. Não faço uma coisa muito difícil, mas claro, tem que ter uma dificuldadezinha, um desafio para o músico.

Pros anjos, gravado originalmente no CD Esperança (2010), é uma mistura de valsa e ritmos do samba inspirada em Heitor Villa-Lobos e no violinista argentino Agustin Barros.

Ele é o Chopin do violão, todo mundo toca”, garante o compositor, que dedicou a peça a Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Flor da vida, uma valsa escrita para a mulher, Cinara, tem melodia romântica e melancólica e foi gravada em 2009 no disco Luz da aurora, uma parceria com Yamandú Costa.

Durante a Suíte retratos, o palco fica por conta das cordas. “Vamos tocar como ela foi escrita, para uma orquestra de cordas”, avisa Hamilton. Quase um bolero, a peça de Gnattali terá Pedro Vasconcelos no cavaquinho, Valerinho no pandeiro e Rafael dos Anjos, irmão de Hamilton, no violão.

Sem os convidados, a orquestra toca também a Bachiana nº 4, de Villa-Lobos, e uma dança de Camargo Guarnieri. “É um concerto bem brasileiro”, avisa Cohen. E afetivo. A Bachiana nº 4 foi a primeira peça tocada pela orquestra em público. Em 1979, o então maestro Claudio Santoro escolheu a obra de Villa-Lobos para inaugurar o Teatro Nacional.

FONTE
Divirta-se
wikipédia
biscoitofino

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