sábado, 18 de dezembro de 2010

Dalva de Oliveira


Paulista da cidade de Rio Claro, Vicentina de Paula Oliveira, que ficou conhecida como Dalva de Oliveira, iniciou a sua carreira artística no final da década de 30 apresentando-se em programas de rádio. Dalva de Oliveira surgiu na época de ouro do rádio, do glamour dos palcos dos grandes cassinos cariocas, no despertar do cinema nacional. Ela tinha a voz, o drama e a emoção à flor da pele. Ao lado de Herivelto Martins e Nilo Chagas, formou o Trio de Ouro. Em 1951, retomou a carreira solo. Cantou em Londres na festa de coroação da rainha Elizabeth II. Foi eleita Rainha do Rádio e Rainha da Voz do Brasil. Participou de vários filmes; e fez sucesso com as músicas: "Itaquari", "Olhos Verdes"; "Tudo Acabado", "Errei Sim", entre outras. Seu último grande sucesso foi a marchinha "Bandeira Branca".


"Bandeira Branca" na interpretação da atriz Adriana Esteves
que "viveu" Dalva de Oliveira na Minissérie "Dalva e Herivelto
- Uma Canção de Amor" (Rede Globo - 2010)

VIDA E OBRA

Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1972) foi uma cantora brasileira. Filha do mulato, Mário de Paula Oliveira, conhecido como Mário Carioca, e da portuguesa Alice do Espírito Santo Oliveira. Além de Vicentina, o casal teve mais três meninas, Nair, Margarida e Lila, e um menino, que nasceu com a saúde debilitada, falecendo ainda criança.

Filha do carpinteiro, saxofonista e clarinetista Mário Oliveira, desde pequena Dalva acompanhava o conjunto amador do pai, os Oito Batutas, nas serenatas e festas de clubes em que se apresentava. Mário Carioca faleceu quando Dalva tinha apenas oito anos.

Viúva, sem recursos financeiros e com quatro filhas para criar, dona Alice mudou-se para a cidade de São Paulo, empregando-se como governanta, conseguindo vaga para as filhas no Internato Tamandaré, dirigido por irmãs de Caridade, onde Dalva aprendeu piano, órgão e canto coral.

Três anos depois, Dalva largou os estudos, por causa de uma doença nos olhos. Foi para São Paulo, onde a mãe já trabalhava como governanta, e empregou-se como babá, arrumadeira, ajudante de cozinheira e, mais tarde, cozinheira do Hotel Metrópole. Em seguida, passou a fazer limpeza numa escola de dança, em que, após o serviço, costumava cantar e improvisar músicas ao piano. Ouvida por um dos professores, foi convidada para participar de uma tournee com o grupo de Antônio Zovetti.

Tendo a mãe sempre do lado, em 1933, Vicentina passou a acompanhar o Circo Damasco, que percorria várias cidades do interior paulistano. A cantora apresentava-se nos intervalos das atrações circenses, sendo solenemente apresentava como “a menina prodígio da voz de ouro”.

Antônio Zovetti evitava-lhe chamar pelo nome, pois o considerava pouco sonoro para uma cantora. Por sugestão da mãe, Vicentina passou a usar o nome de Dalva. Desde então, passou a ser anunciada calorosamente: “A doçura da voz da menina prodígio, a estrela Dalva”. Acompanhada da mãe, Dalva viajou por várias cidades do interior e chegou a Belo Horizonte, mas Zovetti adoeceu e o grupo se desfez. Sem dinheiro, fez um teste na Rádio Mineira e, aprovada, passou a cantar com o nome de Dalva de Oliveira.

No ano seguinte, foi para o Rio de Janeiro e empregou-se como costureira numa fábrica de chinelos, da qual Mílton Guita (Milonguita) — um dos diretores da Rádio Ipanema (hoje Mauá) — era um dos proprietários. Milonguita levou-a para fazer um teste em sua rádio, sendo aprovada.

Mudou-se depois para a Rádio Sociedade e Rádio Cruzeiro do Sul (nesta cantando ao lado de Noel Rosa e, finalmente, para a Rádio Philips. Entre o trabalho em uma e outra emissora, fez temporada popular na Casa de Caboclo, do Teatro Fenix, com Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho, Ema d’Avila e Antônio Marzullo, atuando como atriz. Ainda no Teatro Fênix, apresentou-se como cantora e atriz de pequenas cenas cômicas entre os números.


Entre 1935-1936, no Cine Pátria, Dalva de Oliveira conheceu Herivelto Martins que formava ao lado de Francisco Sena o dueto Preto e Branco. Dalva juntou-se ao duo nascendo assim o Trio de Ouro. O Trio de Ouro tornou-se sucesso em todo o Brasil, produzindo alguns clássicos da MPB.



Dalva e Herivelto iniciaram um namoro e em 1939 passaram a ter uma convivência conjugal. A união gerou dois filhos: Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira Martins. A União durou até 1947, quando as constantes brigas e traições por parte de Herivelto deram fim ao casamento. Em 1949, o casal oficializou a separação.

De voz afinada, e bela, Dalva de Oliveira era considerada a Rainha da Voz ou o rouxinol brasileiro, sua extensão vocal ia do Contralto ao Soprano.


Em 1937, Dalva gravou junto com a dupla Preto e Branco o batuque "Itaquari" e a marcha "Ceci e Peri", ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas Rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro.


Na década de 1940, atingiram a fama incontestável. Apresentaram-se com sucesso nas noites do famoso Cassino da Urca, abarrotaram o mercado fonográfico com vários discos, e as rádios com grandes sucessos. Alcançavam não só a fama, como também a independência financeira.


Em 1942, o Trio de Ouro atingiria o seu auge, fazendo de “Praça Onze” (Herivelto Martins – Grande Otelo), o maior sucesso do carnaval daquele ano. Em 1949, Dalva deixou o trio, quando excursionavam pela Venezuela com a Companhia de Dercy Gonçalves.

Dalva de Oliveira relata porque o "Trio de Ouro" terminou

Em 1951, Dalva retomou a carreira solo, lançando os sambas "Tudo acabado" (J. Piedade e Osvaldo Martins) e Olhos verdes (Vicente Paiva) e o samba-canção Ave Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), sendo os dois últimos grandes sucessos da cantora.


A cantora encontrou o apoio decisivo para iniciar a sua carreira a solo em Vicente Paiva, na ocasião um dos diretores artísticos da gravadora Odeon. Vicente Paiva apostou no lançamento do samba-canção “Tudo Acabado” (J. Piedade – Osvaldo Martins), pondo o cargo à disposição caso o disco não se tornasse sucesso.

A aposta de uma carreira que superaria a fase do Trio de Ouro, transformando Dalva de Oliveira numa das maiores cantoras da MPB. “Tudo Acabado” servia de resposta às ofensas de Herivelto Martins, iniciando uma polêmica musical que encantaria o público e faria com que as gravadoras vendessem cópias e cópias de discos. A cada canção que Dalva de Oliveira gravava, vinha uma resposta em outra de Herivelto Martins.


O momento tornou-se mítico nos bastidores da MPB, com a cantora a interpretar os clássicos “Errei Sim” (Ataulfo Alves) e “Que Será” (Marino Pinto – Mario Rossi).


A briga pública com Herivelto Martins fez com que Dalva de Oliveira perdesse a guarda dos filhos, Pery e Ubiratan foram enviados para um internato por ordem judicial, causando grande dor à cantora e às crianças.


Longe do Trio de Ouro, tudo que Dalva de Oliveira gravava tornava-se sucesso. Logo no primeiro ano a solo, conseguiu pôr nas paradas das rádios brasileiras sucessos que se tornaram inesquecíveis, como “Olhos Verdes” (Vicente Paiva), “Zum-Zum” (Paulo Soledade – Fernando Lobo) e “Ave Maria” (Vicente Paiva – Jaime Redondo). Ainda em 1951, Dalva filmou "Maria da Praia", dirigido por Paulo Wanderley, e "Milagre de Amor", dirigido por Moacir Fenelon. Em 1951, a cantora era a voz mais ouvida nas rádios.


Em 1952, Dalva de Oliveira foi eleita a Rainha do Rádio, a rainha da voz do Brasil. A menina Vicentina era incontestavelmente a Estrela Dalva. Dalva lança um LP com sucessos antigos como, "Tico-tico no Fubá" e "Aquarela do Brasil".


Com a carreira consolidada, tendo o público brasileiro aos seus pés, Dalva de Oliveira iniciou uma série de excursões ao exterior, apresentando-se na Argentina, no Uruguai, no Chile e na Inglaterra. No Reino Unido, cantou para a rainha Elizabeth II, no Hotel Savoy, acompanhada pelo maestro Robert Inglis. O repertório foi registrado em Londres, nos estúdios da Parlophone, sendo lançado em disco. O nome do maestro foi alterado no Brasil para Roberto Inglez, para facilitar a comercialização do álbum no país.

Na sua excursão à Argentina, conheceu o empresário Tito Climent, quando se apresentava na Rádio El Mondo, em Buenos Aires. Iniciou com ele uma amizade, fazendo-o empresário, e, mais tarde, o seu segundo marido. O casamento com Tito Climent aconteceu em Paris, numa igreja de Montmartre, em 1952. Atravessaria a década de 1950 casada com o argentino, motivo que levou a cantora a ausentar-se do Brasil por um bom tempo, indo viver na Argentina. Com ele Dalva adota uma menina Dalva Lúcia de Oliveira Climent.

Em 1960, Dalva de Oliveira canta com seu filho Pery Ribeiro as canções: "Ave Maria" e "Não devo insistir".


Na gravação em vinil – onde mãe e filho cantam juntos - a primeira faixa traz o sucesso de Dalva "Ave Maria", e no outro lado do disco "Não devo Insistir", composição de Pery em parceria com Dora Lopes. Pery Ribeiro, conhecido como um dos maiores intérpretes da música brasileira, gravou várias músicas e tem, em sua biografia, sucessos marcantes de sua carreira artística, como as composições que fez em parceria com Geraldo Cunha "Moça de Azul" e "Bossa na Praia"; e a música "Livre Meu Pai", que fez em parceria com o seu pai Herivelto Martins, e gravaram juntos.

Dalva de Oliveira canta junto com seu filho Pery Ribeiro as canções "Amor de solidão" e "A tua voz".


Sua união com o empresário não chegou a criar escândalos nos jornais como a que vivera com Herivelto Martins, mas nem por isto foi tranquila. Brigas freqüentes minaram a ligação, que terminou em separação, em 1963. Em vão, Dalva tentou na justiça obter a guarda da filha, mas a guarda ficou com Tito. A filha ficou anos sem ver a mãe. O reencontro das duas aconteceu anos mais tarde, sendo promovido no Programa Silvio Santos, na TV Globo, em 1972.

Dalva de Oliveira casou-se com Manuel Nuno Carpinteiro, homem muitos anos mais jovem. Aos 47 anos, Dalva apaixonou-se pelo jovem Manuel, de 19 anos. A diferença de idade entre os dois não impediu que a relação crescesse, o rapaz tornar-se-ia o seu terceiro e último marido. Em 18 de agosto de 1965, Dalva e Manuel Nuno sofreu um acidente automobilístico na cidade do Rio de Janeiro, que resultou no atropelamento e morte de três pessoas. A tragédia e o jogo de culpas, de quem estava ou não dirigindo o carro no momento do acidente, levou o casal à separação. O rosto de Dalva ficou com cicatrizes e ela deixou de aparecer em público por algum tempo.

Após uma longa ausência, Dalva retorna às paradas em 1970, com um retumbante sucesso “Bandeira Branca” (Max Nunes – Laércio Alves). Com a canção, Dalva de Oliveira pedia trégua aos amores, à vida.

BANDEIRA BRANCA
Composição de Max Nunes e Laércio Alves
Bandeira branca, amor,
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor,
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Saudade, mal de amor, de amor,
Saudade, dor que dói demais,
Vem, meu amor,
Bandeira branca eu peço paz

Dalva de Oliveira, a rainha da voz, deixou o seu adeus ao gravar "Bandeira Branca", uma música de mensagem extraordinária, fala do amor intacto, escondido e guardado em seu coração por Herivelto. Diante de uma platéia que lotava o Maracanãzinho e que a aclamava e a aplaudia "Bandeira Branca" tornou-se um hino de sua despedida, um adeus ao seu verdadeiro amor, e marcou o final de seu drama e da discussão musical, entre os dois.

O ano de 1972 começou com um breve retorno de Dalva de Oliveira à mídia da época. Dalva ganhou um concurso de marchinhas de carnaval, no Programa Sílvio Santos, na TV Globo. No mesmo programa, reencontrou-se-ia com a filha Dalva Lúcia, a quem não via há alguns anos. Desde então, a cantora passou a ser citada mais vezes pela mídia.

Mas a saúde precária da cantora interrompeu qualquer esperança de volta. Sozinha em casa, Dalva surpreendeu os funcionários da Rádio Globo, ao telefonar para lá pedindo socorro, pois estava a sentir-se muito mal. Socorrida, ela foi internada de emergência. A notícia causou um grande impacto no público, que passou a fazer vigília na porta do hospital. A internação foi demarcada por altos e baixos, com melhoras aparentes, tendo a imprensa a acompanhar a agonia da cantora, que persistiria por quase três meses.

Três dias antes de morrer, Dalva de Oliveira parece ter pressentido a morte e pediu a Dora Lopes, amiga que a acompanhara durante a internação, que a vestisse e a maquiasse com o esmero que se acostumara a vê-la o povo. Profetizou ainda, que todos iriam parar para vê-la passar. No dia 30 de agosto de 1972, às 17h15, aos 55 anos, Dalva de Oliveira veio a óbito.

A morte da cantora comoveu o Brasil. Debaixo de uma chuva fria, milhares de pessoas compareceram ao Teatro João Caetano, no centro do Rio de Janeiro, onde o corpo de Dalva de Oliveira foi velado. A vigília durou 17 horas, com uma fila enorme de amigos, familiares, artistas, políticos, todos querendo prestar a última homenagem a Dalva de Oliveira. Quando o corpo foi retirado do teatro, mais de trinta mil pessoas, aglomeradas na Praça Tiradentes, acenavam os seus lenços.

O cortejo levou duas horas para atravessar a cidade do Rio de Janeiro e chegar ao cemitério Jardim da Saudade. Como Dalva de Oliveira previra, a cidade e o seu povo pararam. Meio milhão de pessoas espalharam-se pelas calçadas dos bairros por onde o cortejo passou, num adeus à Estrela Dalva.


TROCA DE FARPAS MUSICAIS

Depois de separar-se se Herivelto em 1947, Dalva seguiu carreira solo, mas costumava pedir aos compositores que fizessem músicas endereçadas a Herivelto. “Errei, sim/ Manchei o teu nome/ Mas foste tu mesmo o culpado/ Deixavas-me em casa/ Me trocando pela orgia”, cantava Dalva na canção Errei sim. “Não, eu não posso lembrar que te amei/ Não, eu preciso esquecer que sofri”, devolvia Herivelto em Caminhemos, em uma troca de farpas que entrou para a história da música brasileira.


Os sambas-canções "Fim de Comédia" e "Errei Sim", composições de Ataulfo Alves - um dos maiores compositores brasileiros, além de excelente intérprete e instrumentista - foram gravados pela notável cantora Dalva de Oliveira, após a polêmica separação dela com Herivelto Martins.

Estas músicas se tornaram grandes sucessos, fazendo parte daquela continua “discussão musical“, que o casal mais famoso da música popular brasileira travou, revezando-se em provocações musicadas e respostas, entre elas: "Calúnia", "Segredo", "Que Será", "Tudo Acabado", que se tornaram célebres e famosas.

Vale a pena, pois, ouvi-los e conhecê-los, esses versos maravilhosos, o samba-canção de Ataulfo Alves, na voz impressionante de Dalva de Oliveira:

Errei, sim. (Dalva de Oliveira - 1950)
Errei, sim.
Manchei o teu nome.
Mas foste tu mesmo o culpado.
Deixavas-me em casa
Me trocando pela orgia,
Faltando sempre
Com a tua companhia.

Lembro-te agora
Que não é só casa e comida,
Que prende por toda vida
O coração de uma mulher.
As jóias que me davas,
Não tinham nenhum valor.
Se o mais caro me negavas
Que era todo o teu amor.
Mas se existe ainda
Quem queira me condenar,
Que venha logo
A primeira pedra me atirar

CURIOSIDADES

*Na primeira versão do filme "Branca de Neve e os Sete Anões", produzida pelos estúdios Disney, em 1938, Dalva de Oliveira dublou os diálogos da personagem Branca de Neve. As canções foram interpretadas pela dubladora Maria Clara Tati Jacome.


*Pery Oliveira Martins iniciou sua carreira artística aos três anos de idade, participando da dublagem de filmes de Walt Disney, ao lado de sua mãe Dalva de Oliveira, que interpretava Branca de Neve, o pequeno Pery deu voz ao anão Dengoso.


Branca de Neve - Dublagem brasileira original com Dalva de Oliveira (Branca de Neve) e Carlos Galhardo (Principe), em 1938.


*Em 1974, Dalva foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo O Rouxinol da Canção Brasileira.


*Em 1987 foi homenageada pela Imperatriz Leopoldinense, com o enredo Estrela Dalva.


*Peça Teatral: "A Estrela Dalva". - Com Marília Pera. A peça Teatral "A Estrela Dalva", foi grande sucesso de público e crítica em 1987, de Renato Borghi e João Elisio Fonseca, com direção de Roberto Talma.


*Em 2002 o teatrólogo mineiro Pedro Paulo Cava produziu e dirigiu o o espetáculo teatral "Estrela Dalva", cujo sucesso rendeu ao elenco de 16 atores viagens por diversas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais após quase dois anos em cartaz na capital mineira. Dalva foi interpretada por Rose Brant; Herivelto Martins por Léo Mendonza e Nilo Chagas por Diógenes Carvalho.

O espetáculo foi baseado no livro de Renato Borghi e João Elísio Fonseca que foi adaptado por Pedro Paulo Cava. O elenco tinha ainda Diorcélio Antônio, Freddy Mozart, Rui Magalhães, Márcia Moreira, Leonardo Scarpelli, Felipe Vasconcelos, Libéria Neves, Jai Baptista, Ivana Fernandes, Patrícia Rodrigues, Meibe Rodrigues, Fabrizio Teixeira e Bianca Xavier. A produção executiva foi de Cássia Cyrino e Luciana Tognolli. Todo o elenco passou por meses de preparação vocal e corporal dando vida e emoção sempre aplaudidos de pé pelo público que lotava as sessões.

*A vida de Dalva de Oliveira foi retratada em janeiro de 2010 com a minissérie "Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor", produzida pela Rede Globo. A atriz Adriana Esteves interpretou Dalva, e o ator Fábio Assunção interpretou Herivelto Martins. Nesta minissérie, a vida da cantora foi ficcionalizada. Seus maridos Tito Clement e Manuel Nuno Carpinteiro, por exemplo, não constam da obra, onde a personagem de Dalva se relacionou com personagens criados pela autora Maria Adelaide Amaral.

*Dalva de Oliveira também interpretou músicas de Carlos Gardel, gravando um LP só de tangos.

DISCOGRAFIA

Álbuns de estúdio
A Voz Sentimental do Brasil (1953)
Dalva de Oliveira, Roberto Inglês e sua orquestra (1955)
Os Tangos Mais Famosos na Voz de Dalva de Oliveira (1957)
Dalva (1958)
Dalva de Oliveira Canta Boleros (1959)
Em Tudo Você (1960)
Tangos (1961)
Dalva de Oliveira (1961)
O Encantamento do Bolero (1962)
Tangos - Volume II (1963)
Rancho da Praça Onze (1965)
A Cantora do Brasil (1967)
É Tempo de Amar (1968)
Bandeira Branca (1970)

COLETÂNEAS

Grossas Nuvens de Amor (1972)
O Amor É O Ridículo da Vida (1973)
Dalva em Recital no Teatro Senac (1973)
Dalva de Oliveira Especial, Vol. 1 (1982)
Dalva de Oliveira - Série Os Ídolos do Rádio vol. V (1987)
Trio de Ouro (1993)
Saudade… (1994)
Meus Momentos (1994)
Dalva de Oliveira (1995)
A Rainha da Voz (1997)
Dalva de Oliveira e Roberto Inglez e sua Orquestra (2000)
Bis - Dalva de Oliveira (2000)
Canta Dalva (2006)

SUCESSOS

Brasil, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (com Francisco Alves) (1939)
Pedro, Antônio e João, Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago (com Regional de Benedito Lacerda) (1939)
Noites de junho, Alberto Ribeiro e João de Barro (1939)
Valsa da despedida (Auld lang syne), Robert Burns, versão de Alberto Ribeiro e João de Barro (com Francisco Alves) (1941)
Segredo, Herivelto Martins e Marino Pinto (1947)
Errei, sim, Ataulfo Alves (1950)
Que será?, Marino Pinto e Mário Rossi (1950)
Sertão de Jequié, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
Tudo acabado, J. Piedade e Osvaldo Martins (1950)
Ave Maria, Jaime Redondo e Vicente Paiva (com Osvaldo Borba e Sua Orquestra) (1951)
Palhaço, Osvaldo Martins, Washington e Nelson Cavaquinho (1951)
Zum-zum, Marino Pinto e Paulo Soledade (1951)
Estrela-do-mar, Marino Pinto e Paulo Soledade (1952)
Fim de comédia, Ataulfo Alves (1952)
Kalu, Humberto Teixeira (1952)
Confesion, Luis César Amadori e Enrique Santos Discépolo, versão de Lourival Faissal (1956)
Lencinho querido (El pañuelito), Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza, versão de Maugéri Neto (1956)
Neste mesmo lugar, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1956)
Há um Deus (com Tom Jobim ao piano), Lupicínio Rodrigues (1957)
Minha mãe, música de Lindolfo Gaya sobre poema de Casimiro de Abreu (1959)
Rancho da Praça XI, Chico Anysio e João Roberto Kelly (1965)
Máscara negra, Pereira Matos e Zé Kéti (1967)
Bandeira branca, Laércio Alves e Max Nunes (1970)

FONTE

Wikipédia - Dalva de Oliveira

Cifrantiga

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