segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dia Nacional do Forró


13 de dezembro - data em que se comemora o Dia Nacional do Forró e o nascimento de Luiz Gonzaga, a cidade de Recife será palco do lançamento do livro O Rei e o baião, de Bené Fonteles. A data marca a abertura da Exposição Viva Luiz!, que culminará, no dia 29 de dezembro, com o lançamento oficial das obras do Cais do Sertão Luiz Gonzaga. A exposição se estende até 12 de janeiro, aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, na Torre Malakoff, em Recife, sob a organização e curadoria de Bené Fonteles.


O lançamento do livro é o início da mobilização e da comemoração do grande passo que o Ministério da Cultura está dando, de criar um centro de referência em torno de um dos maiores músicos e uma das maiores referências da música popular brasileira, certamente entre os três maiores compositores e cantores do Brasil: Luiz Gonzaga”, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Durante a abertura do evento, o público pernambucano poderá assistir ao recital de Nonato Luiz e Cláudio Almeida, a partir das 19h. Na mesma noite, ocorrerá também a abertura da mostra “O imaginário do rei”, com os artistas Arievaldo Viana, Ciça Fittipaldi, Cícero Santana, Demóstenes F., Din, Dona Benícia Pereira, Elias Santos, Francisco de Almeida, Francorli & Carmem, Frank Castro, Gustavo Moura, João Pedro do Juazeiro, José Lourenço, Liara Leite e Seu Espedito Seleiro. A mostra traz xilogravuras, fotografias, pinturas e esculturas que destacam a história do sertão nordestino e de Luiz Gonzaga.

O livro O Rei e o baião é uma referência para a compreensão da cultura sertaneja e da herança comportamental e artística de um dos maiores intérpretes e compositores da Música Popular Brasileira. A obra de Bené reúne ensaístas textuais e visuais, compondo uma edição rica em iconografia e resenhas sobre muito do que já foi realizado acerca da grande arte de Luiz Gonzaga, conhecido como Mestre Lua. “A minha expectativa é que a obra de Luiz Gonzaga seja mais divulgada e que possamos rediscutir e redimensionar a memória que temos dele”, revelou Bené Fonteles, autor do livro O Rei e o baião.

Com a exposição, será celebrado o legado de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, às culturas brasileira e nordestina, proporcionando outras dimensão e leitura da iconografia reunida no livro, tornando mais invisível a fronteira entre a poesia e a pesquisa que marcam o conjunto das obras envolvidas.


MUSEU LUIZ GONZAGA

O Museu Luiz Gonzaga será o primeiro museu nacional hi-tech de alto porte em Pernambuco, e destacará a importância deste ícone do sertão nordestino para a cultura e o imaginário brasileiro. O lançamento oficial do museu ocorrerá no dia 29 de dezembro, com o show do sanfoneiro e compositor Dominguinhos, Targino Gondim e outros cinco sanfoneiros. Os sanfoneiros se apresentarão no Marco Zero, a partir das 19h, com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Cultura, Juca Ferreira.

O museu será um equipamento cultural que busca valorizar e revitalizar a história da capital pernambucana. “Luiz Gonzaga reinventou o Nordeste e tirou a região do ostracismo em que se encontrava. Ele reinventou e redimensionou a cultura brasileira”, explica Bené.

O memorial, em fase de construção, é resultado de uma parceria entre o Ministério da Cultura, Governo do Estado de Pernambuco e do Porto de Recife, e representa um investimento de R$ 26 milhões, sendo R$ 21 milhões investidos pelo governo.


CURIOSIDADES
*O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, na zona norte do Rio de Janeiro, está prestes a receber novos investimentos da prefeitura. Com a aproximação da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o pavilhão que abriga a famosa Feira de S. Cristóvão será finalmente renovado. Um de seus maiores símbolos é a estátua do músico Luiz Gonzaga, com o acordeão em mãos. A feira foi fundada em 1945, por iniciativa de migrantes nordestinos. Hoje, ela recebe até 25 mil pessoas aos fins de semana.

*O escultor campinense Joás Pereira dos Passos é o responsável pelo monumento em memória aos dois ícones da música nordestina, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, localizado às margens do Açude Velho. Joás trabalhou durante nove meses nas esculturas e relata que durante a realização da obra pessoas de países europeus vieram a Campina Grande para fotografar o trabalho.

*JOÁS PEREIRA DOS PASSOS - Nascido em Campina Grande, em 1958, filho de Maria Pereira dos Passos e Augusto Marcelino dos Passos, radicou-se no Rio de Janeiro desde 1972. Já aos quatro anos de idade começou a desenhar e aos 13 iniciou os estudos na Sociedade Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Em seguida, o artista foi convidado a participar da Academia Brasileira de Belas Artes. Hoje é imortalizado na Cadeira de grau nº 18, patronímica de Décio Vilares, da Academia Brasileira de Belas Artes, e tornou-se o conceituado profissional - o pesquisador irrequieto e professor inteiramente dedicado a seus discípulos. Joás tem se empenhado para criação do Centro Cultural Maria Pereira dos Passos como homenagem aos dons artísticos da mãe, que desenha e toca piano. Um de seus últimos trabalho executado foi o memorial para os 54 anos de morte de Getúlio Vargas, obra de aproximadamente seis metros.



FONTE
Comunicação Social/MinC
MinC- Ministério da Cultura

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