sábado, 6 de junho de 2009

Peterpan


José Fernandes de Paula (21/1/1911 Maceió, Alagoas - 28/4/1983 Rio de Janeiro, RJ). Compositor. Instrumentista. Veio com sua família para o Rio de Janeiro com 11 anos de idade. Foi casado com a cantora Nena Robledo (Xezira Borba), irmã de Emilinha Borba. Considerado por alguns críticos um quase sempre refinado melodista. No final da década de 30, começou a compor; e destacou-se como compositor de marchinhas e sambas para o carnaval.

Teve composições gravadas por Aracy de Almeida, Quatro Ases e Um Coringa. Um de seus principais parceiros foi Afonso Teixeira, com quem compôs entre outras o sambas "Lenda do lago", "Quem disse que eu não caso" e "Resignação". Em 1937, teve a batucada "O batuque começou", com Oscar Lavado, gravada na Victor por J. B. de Carvalho.

Resignação

O batuque começou

Em 1938, fez com Ariovaldo Pires a marcha "Oh! Bela!" gravada por Alvarenga, Bentinho e Capitão Furtado e sua charanga na Odeon. Nesse ano, teve gravados na Victor os sambas "Era ela", com Russo do Pandeiro, por Sílvio Caldas e "Nosso amor não convém", com Príncipe Pretinho, por Carlos Galhardo.

Em 1939, Odete Amaral gravou na Victor o choro "Quando eu vejo" e "Ranchinho", também na Victor, o samba-canção "Nosso amor vai morrer".

No ano seguinte, teve gravadas por João Petra de Barros na Victor a valsa "Última inspiração", que fez bastante sucesso; e a marcha "Olha ela", com Russo do Pandeiro. Nesse ano, Aracy de Almeida gravou o samba "Tudo foi surpresa", com Valzinho.

"Última inspiração"

Tudo foi surpresa

Teve duas composições gravadas pelo Quarteto de Bronze em 1941, a marcha "Firim-fim fonfon", com Milton de Oliveira e o samba "Vamos dançar", com Vilarino.

Em 1943, fez com Afonso Teixeira a marcha "Quem disse que eu não caso?" gravada por Aracy de Almeida na Odeon e com Valdemar de Abreu, o Dunga, o samba "Os teus olhos falam" gravado por Déo na Continental. No ano seguinte seus sambas "Lenda do morro", com Afonso Teixeira e "Dinheiro, saúde e mulher", com Ari Follain foram gravados pelos Quatro Ases e Um Coringa, na Odeon.

No carnaval de 1945, destacou-se com "Eu quero é sambar", parceria com Alberto Ribeiro e gravada por Dircinha Batista pela Continental. Nesse ano, os Quatro Ases e Um Coringa gravaram na Odeon o samba "Canção nacional", com Ari Monteiro; Emilinha Borba na Continental a marcha "Ganhei um elefante", com Russo do Pandeiro.

Ganhei um elefante

Os sambas "Se eu tivesse com que...", com Afonso Teixeira; "Como eu sambei", com Afonso Teixeira e "Você e o samba ", com Ari Monteiro e João Petra de Barros, também na Continental a marcha "Moça bonita", com Afonso Teixeira e o samba "A vingança o palhaço", com João de Barro. Também nesse ano, registrou sua única gravação, acompanhando de sua orquestra com as valsas "Lena e o lago" e "Raio de sol depois da chuva", de sua autoria.

Em 1946, Emilinha Borba gravou na Continental o samba "Madureira", com Jorge de Castro.

Madureira


Em 1947, sua cunhada Emilinha gravou pela Continental a marcha "Tico-tico na rumba", em parceria com Haroldo Barbosa, os sambas "Já é de madrugada", com Antônio Almeida e "Se queres saber", um de seus maiores sucessos e a marcha "Telefonista".

Tico-tico na rumba

Se queres saber

Nesse ano, seu samba "Resignação", com Afonso Teixeira foi gravado por Aracy de Almeida na Odeon e a marcha-frevo "Todo homem quer", com José Batista, foi lançada por Luiz Gonzaga na RCA Victor.

Resignação

Fez com René Bittencourt os sambas "Quem quiser ver, vá lá" e "Meu branco" gravadas por Emilinha Borba.

Quem quiser ver, vá lá

Meu branco

Duas de suas marchas foram gravadas em 1949, "Cabeleira de verão", parceria com Ari Monteiro foi gravada na RCA Victor por Gilberto Milfont e "Negócio da China", com Afonso Teixeira por Ruy Rey na Continental.

Cabeleira de verão

Em 1950, compôs "Eu já vi tudo", com Amadeu Veloso, que Marlene e Emilinha gravaram em dupla pela Continental, desfazendo os boatos, difundidos pela imprensa da época, sobre a rivalidade entre as duas.

Eu já vi tudo


Nesse ano, teve gravados na RCA Victor o samba "Garota do café", com Ari Monteiro, por Gilberto Milfont; o samba "Você não me beija", com Ari Monteiro e a valsa "Última inspiração", por Carlos Galhardo; a toada "Minha santa", com Ari Monteiro, por Gilberto Alves e o xote "Um vaqueiro na cidade", com Ari Monteiro, por Bob Nelson e seus rancheiros. Nesse ano, Aracy de Almeida gravou o samba "Falta do que fazer" e a rumba "Toca a rumba", parcerias com Ari Monteiro.

Garota do café

Você não me beija

Última inspiração (Jesse)

Em 1951, destacou-se com "Marcha do caracol", com Afonso Teixeira, lançada pelo grupo Quatro Ases e um Coringa, pela RCA Victor. No mesmo ano, seu samba "Se você se importasse" lançou para o estrelato a cantora Dóris Monteiro, que gravou o primeiro disco pela Todamérica.

Marcha do caracol

Se você se importasse

Teve ainda a "Marcha do relógio", com José Batista gravada na Odeon pelos Vocalistas Tropicais e os sambas "Ela tem que se humilhar", com José Batista gravado por Nelson Gonçalves na RCA Victor e "Vou pedir ao Senhor" gravado pelo Trio Madrigal na Continental.

Vou pedir ao Senhor

Em 1952, os Vocalistas Tropicais gravaram o baião "Se é do norte é meu", com José Batista, na Odeon e os Quatro Ases e Um Coringa na RCA Victor a "Marcha da fumaça", com Afonso Teixeira. Na Continental Emilinha Borba gravou o samba "Fora do samba", com Amadeu Veloso e Paulo Gesta.

Em 1953, em concurso promovido pela "Revista do Rádio" para eleger os melhores do ano, na categoria compositor, recebeu a segunda maior votação popular com 22.597 votos, perdendo por apenas 265 votos para Ary Barroso. Nesse ano, sua marcha "Polonesa", com Afonso Teixeira, foi gravada pelo Quatro Ases e Um Coringa na RCA Victor.

No ano seguinte, sua valsa "Noite nupcial" foi gravada em dueto por César de Alencar e Emilinha Borba na RCA Victor. A mesma Emilinha Borba gravou na Continental o bolero "Noite de chuva", com José Batista e o samba-canção "Os meus olhos são teus", outro sucesso na época em que foi lançado.

Noite nupcial

Noite de chuva

Compôs o samba "Ninguém me compreende", gravado por Linda Rodrigues e o bolero "Que vamos fazer", gravado por Vera Lúcia, as duas na Continental em 1955.

Ninguém me compreende

Nesse ano, teve mais três obras gravadas por Emilinha Borba, o cântico "Saudações aos peregrinos", o samba "Nova Canaã" e a "Toada do amor". No ano seguinte, a mesma cantora gravou o fandango "Fandango", com Flora Matos e o "Samba moderno". Teve os samba "Só não vejo você" e "Não há remédio", com Mari Monteiro gravados em 1957 por Emilinha Borba que no ano seguinte gravou o também samba "Canção de agosto".

Saudações aos peregrinos

Nova Canaã

Samba moderno

Só não vejo você

Canção de agosto

Nuno Roland gravou em 1959 a marcha "Lua caprichosa" e o samba "É proibido assobiar", parcerias com Amado Régis. O compositor chegou a assinar algumas composições como José Fernandes ou José Borba. Em 1977, seu samba "Se queres saber", foi gravado por Nana Caymmi.

Se queres saber

Em 1983, esse samba-canção foi tema da mini-série da TV Globo "Quem ama não mata", numa interpretação da cantora Nana Caymmi.


FONTE

http://dicionariompb.com.br/peterpan

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