terça-feira, 17 de junho de 2008

Chico Anísio


Chico Anísio (Francisco Anísio de Oliveira Paula Filho), humorista, ator, compositor, escritor e pintor, nasceu em Maranguape, CE, em 12 de abril de 1931. Mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha oito anos.

Iniciou na Rádio Guanabara, onde exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, entre outras. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Trabalhou, nos anos cinqüenta, nas rádios Mayrink Veiga, Clube de Pernambuco, Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 50, Chico passou a escrever diálogos e eventualmente ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959 estreou o programa Só tem tantã, lançado por Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Anísio Show. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções:


Hino ao Músico, (Nanci Wanderley, Chico Anísio e Chocolate), foi prefixo do seu programa Chico Anísio Show, nas TV Excelsior, TV Rio e TV Globo e nos espetáculos teatrais, como o do Ginástico Português, no Rio em 1974, acompanhado sempre do violonista brasileiro Manuel da Conceição - O mão de vaca; Rancho da Praça XI, Chico Anísio e João Roberto Kelly gravado pela cantora Dalva de Oliveira. A música fez grande sucesso no carnaval do IV Centenário do Rio de Janeiro, isto é, fevereiro de 1965; Vários sucessos com seu parceiro Arnaud Rodrigues, gravados em discos e usados no quadro de Chico City e Baiano e os Novos Caetanos.


Desde 1968 se encontra ligado a Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num "cast" que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também a relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo nos anos 90, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada em 1996 por um acidente em que fraturou a mandíbula.


Em 2005 fez uma participação no Sítio do Picapau Amarelo, onde interpretava o Doutor Saraiva, recentemente participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo.

É pai dos atores Lug de Paula, do casamento com a atriz Nanci Wanderley, Nizo Neto e Ricardo, da união como Rose Rondelli, André Lucas, que é filho adotivo, Cícero, da união com ex-frenética Regina Chaves e Bruno Mazzeo, do casamento com a atriz Alcione Mazzeo. Também teve mais dois filhos com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, Rodrigo e Vitória. É irmão da também atriz Lupe Gigliotti com quem já contracenou em vários trabalhos na TV.


Possui uma galeria de tipos cômicos com cerca de 208 personagens, entre elas:

* Alberto Roberto, o canastrão ("Não garavo") e apresentador de tralk show (talk show).
* Apolo, que era casado com uma ninfomaníaca ("Eu ainda morro disso")
* Azambuja, o malandro carioca ("Tou contigo e não abro...)
* Baiano, sátira de Caetano Veloso
* Bandeira, um taxista ("Gente finíssima!")
* Beto Carneiro, o vampiro brasileiro ("Vampiro brasileiro - cospe no chão - Não crê neu, papudo, se finou-se. Minha vingança será malígrina")
* Bozó, o funcionário da Rede Globo ("Eu trabalho na Globo, tá legal?!")
* Brazuca, um patriota
* Bruce Kane, ator de cinema
* Cascata & Cascatinha, dupla de palhaços interpretada por Chico e Castrinho. Este humorista fez tanto sucesso com o personagem Cascatinha e o seu bordão ("Meu pai-pai"), que apresentou o programa Balão Mágico e quadros próprios em outros programas humorísticos, nesse papel.
* Celso Garcia
* Chiquitín, boneco de ventríloquo
* Coalhada, jogador de futebol ("Coalhada é isso, Coalhada é aquilo...")
* Coronel Limoeiro, homem poderoso que está sempre "de olho" na mulher, a bela Maria Teresa * Divino ("Divino sabe, Divino diz")
* Gastão Franco, um pão-duro
* Haroldo Hétero, o homossexual de passado "alegre" que hoje tenta "se converter" ("Eu sou hétero")
* Jovem, revoltado com a vida ("Vai ficar com cara de bundão, ó, ó...")
* Justo Veríssimo, o político corrupto que odiava pobres ("Eu quero que pobre se exploda")
* Lingüinha, personagem principal de um quadro curto, exibido diariamente pela TV Globo. Da sua família surgiriam Lingueta, Lingote (que reapareceu em Chico City) etc.
* Lingote, o hippie velhote que vivia drogado (seu bordão era "Bateu pra tu?").
* Lobo Filho, o apresentador de telejornal
* Lord Black, funkeiro que sempre se dava mal com a namorada
* Mariano, que tem uma relação ótima com o filho Reginaldo, homossexual como ele ("Pode?)
* Marmo Carrara, o policial com o bordão "São esses meus olhos cor de mel. Mas por que eu? Logo eu com esta cara de macho"
* Meinha, que usa uma meia-calça na cabeça e despreza as possibilidades de ascensão
* Nazareno, o machista que oprime a mulher muito feia e se encantava com a empregada ("Calada", dizia para a mulher)
* Neyde Taubaté, apresentadora de televisão
* Nicanor, o homem do calo.

Ciranda - Baiano e Os Novos Caetanos

Sempre tive vontade de cantar e hoje realizo esse sonho’. Foi assim que Chico Anysio, 79 anos, sendo 63 de carreira, resumiu um pouco o que sente pelo novo trabalho ‘Eu conto, vocês cantam’.

Hoje e amanhã às 21 horas ele que é um dos mais conhecidos humoristas brasileiros se apresenta no Teatro Glauce Rocha, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Visivelmente cansado Chico Anysio recebeu os jornalistas em uma das salas do Hotel Novotel, na Avenida Mato Grosso. Inquieto, demonstrou pressa e disse que já queria ir almoçar. Após a entrevista, ele correu e serviu um prato de feijoada com bastante torresminho.

Ele nasceu em Maranguape, uma pequena cidade perto de Fortaleza (CE).

Bate-papo

Chico Anysio disse que já esteve em Campo Grande pelo menos dez vezes. “A cidade é linda e eu gosto do povo daqui”.

Em seus projetos há espaço para ao menos três filmes e ainda um programa de humor na TV fechada. Em abril, ele começa a gravar o filme Condomínio dos Monstros e ainda este ano deverá filmar o Sonho de Sonhador, com o cantor Frank Aguiar. Chico Anysio quer ainda gravar o Rock Santeiro no cinema.

Indagado sobre política, ele disse que trabalho dele é muito limpo e não se envolve em questões políticas por considerá-las ‘muito sujas’.

Fonte: Midiamax Texto by Jacqueline Lopes e Alessandra de Souza. Imagem: Reginaldo Coelho

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